O governo Luiz Inácio Lula da Silva está investindo pesado na divulgação do programa Pé-de-Meia — que oferece bolsas a estudantes matriculados no ensino médio público e beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Já foram 17 cerimônias de lançamento ao redor do país, o que levou o ministro da Educação, Camilo Santana, a uma verdadeira turnê pelo Brasil.
Lançada oficialmente em 26 de janeiro, em Brasília, a iniciativa contou com a presença de Lula e Camilo. Desde então, o Pé-de-Meia foi tema de 21 eventos, incluindo um que ocorre nesta quinta-feira, 17, em Salvador (BA), de acordo com informações da folha de S.Paulo. Segundo o jornal, dentre essas cerimônias, 17 foram “lançamentos regionais”. Para tanto, Camilo teve de percorrer Estados de todas as regiões do país.
Lula participou de três eventos relacionados ao anúncio do pagamento da primeira parcela do benefício e duas expansões do programa. Apenas duas das 21 cerimônias ocorreram em Brasília.
As viagens e as diárias para os outros eventos custaram ao Ministério da Educação pelo menos R$ 500 mil, conforme o Portal da Transparência. Esses valores incluem passagens e diárias do ministro, comitivas oficiais e convidados, mas os gastos da cerimônia de Salvador ainda não foram contabilizados.
Em resposta às críticas, o Palácio do Planalto afirmou que “o programa e sua divulgação ampla são parte de estratégia de valorização da educação e de combate à evasão no ensino médio”.
Enquanto gasta com a publicidade do programa, o Ministério da Educação enfrenta dificuldades para destravar obras paradas. Até agora, apenas 181 de 3.783 obras de educação básica foram concluídas, e 663 estão em andamento. Outras 258 foram canceladas.
O esclareceu que a execução das obras cabe a Estados e municípios, mas que fornece assistência técnica e financeira.
Com o Pé-de-Meia, estudantes beneficiários recebem uma bolsa mensal de R$ 200, sem a necessidade de cadastro. Além disso, há uma poupança anual de R$ 1 mil, à qual eles podem ter acesso ao final do ensino médio, se permanecerem na escola.
Se o estudante participar do Enem, há previsão de um pagamento adicional de R$ 200, totalizando até R$ 9,2 mil ao final de três anos. Inicialmente destinado a 2,5 milhões de estudantes do Bolsa Família, o programa foi expandido em agosto para incluir jovens do CadÚnico, adicionando 1,2 milhão de estudantes.
O custo total para atender a todos os beneficiários em 2024 está estimado em R$ 8 bilhões.
Fonte: revistaoeste
