Diante de pesquisas que apontam a popularidade em queda, o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na quinta-feira 14, no, com o marqueteiro responsável por sua campanha nas eleições 2022. Sidônio Palmeira foi consultado sobre possíveis estratégias para melhorar a comunicação do governo.
Sidônio, criador do slogan do terceiro mandato petista, “União e Reconstrução”, no ano passado concedeu entrevistas em que afirma que a esquerda está perdendo a disputa com a direita nas redes sociais.
Em ano de eleições municipais, as redes sociais são um tema sensível para Lula, sendo um dos pontos discutidos no encontro com o marqueteiro.
A movimentação de Lula diante da comprovada decadência de sua popularidade não se limitou ao encontro com o Sidônio. Na segunda-feira, 11, o petista convidou ministros que já foram governadores para jantar.
O presidente também se reuniu com dirigentes do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT para avaliar as negociações em curso sobre as candidaturas municipais, em meio a um cenário de polarização política, conforme divulgou o Estadão.
No dia 6 deste mês, o instituto Quaest divulgou sua última pesquisa, na qual a avaliação negativa do governo petista subiu 5 pontos porcentuais, atingindo 34%, aproximando-se da avaliação na positiva, que ficou em 35%.
Os números mostraram que a desaprovação de Lula passou de 43% em dezembro para 46% atualmente.
Entre os evangélicos, o índice de desaprovação do petista chega a 62%.
Outros institutos de pesquisas também apresentaram esses resultados semelhantes.
Nesta segunda-feira, 18, Lula fará a primeira reunião do ano com seus 37 ministros — 60% a mais do que o governo anterior, que tinha 23 pastas.
O presidente de esquerda deverá cobrar dos chefes dos quase 40 ministérios o andamento das ações e dos programas.
Esta não é a primeira vez que Sidônio é chamado por Lula diante de uma crise em sua comunicação. Em 2022, o marqueteiro foi convocado ainda na pré-campanha, em meio a críticas do PT sobre a condução da imagem do então candidato à Presidência.
Até a entrada de Sidônio, os trabalhos eram conduzidos por Augusto Fonseca, ligado ao ex-ministro da Secretaria Comunicação Social (Secom) Franklin Martins, no segundo mandato de Lula.
As peças de campanha passaram então a exibir, de um lado da tela, desmatamento, falta de comida e tratamento para covid, em alusão ao governo de Jair Bolsonaro (PL); do outro, feitos de Lula em mandatos anteriores, com supostas melhorias na área ambiental, no combate à miséria e na saúde.
O marqueteiro também foi responsável por duas outras campanhas petistas vitoriosas para o governo da Bahia: Jaques Wagner e Rui Costa.
Fonte: revistaoeste