O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) foi detido, nesta sexta-feira, 20, pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ). O parlamentar se envolveu em uma confusão entre militares e alunos durante invasão na .
Os policiais receberam autorização para entrar na Uerj mediante ordem judicial de desocupação do prédio João Lyra Filho. A juíza Luciana Albuquerque Lopes, da 13ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro, foi quem expediu a ordem.
Alunos invadiram o espaço, há um mês, para protestar contra a alteração em benefícios como auxílios estudantis e bolsas de estudos. O deputado tentou impedir a tropa de choque da PMRJ de entrar na faculdade.
A Uerj informou, por meio das redes sociais, que a Justiça determinou a saída dos estudantes. Pediu, também, aos jovens que deixassem o local de forma “voluntária e pacificamente”. Acrescentou que, se preciso, solicitaria o uso das forças policiais.
Em 10 de setembro de 2024, a reitoria da universidade solicitou a desocupação do prédio. Na ocasião, a entidade acionou a comissão de negociação, formada em agosto.
Em comunicado, a Uerj ressaltou que, “reconhecendo o direito à livre manifestação democrática, a reitoria tem investido na negociação com os estudantes desde o início da gestão, e assim seguirá fazendo”.
O governo do Rio de Janeiro concordou em repassar R$ 150 milhões à Uerj, como parte de uma suplementação orçamentária destinada a cobrir diversas despesas até o fim do ano.
Parte desse valor terá como destino a concessão de auxílios financeiros a estudantes que não atenderam às novas regras da Bolsa Apoio à Vulnerabilidade Social (Bavs).
A mudança nos critérios da Bavs gerou uma onda de revoltas entre os estudantes, o que levou à invasão de prédios da Uerj. A nova regra reduz a renda mínima para elegibilidade, de um salário mínimo e meio para meio salário mínimo, o que excluiu cerca de 1,2 mil estudantes do benefício.
Fonte: revistaoeste
