A indiciou Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas, nesta quinta-feira, 4.
Essa investigação apura o suposto envolvimento do ex-presidente e seus assessores no que seria um esquema de venda dos presentes.
Conforme uma fonte da PF, o relatório cita associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
O relatório foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é relator do caso. Em nota, o STF informou que a íntegra do processo deve chegar à Corte amanhã.
O próximo passo é Moraes encaminhar o documento à Procuradoria-Geral da República (PGR) a fim de que ela se manifeste no caso.
A PGR pode arquivar, acolher ou pedir mais provas no caso. Se der seguimento à ação, caberá ao STF tornar os acusados réus, engavetar o caso ou levá-los à primeira instância.
Além de Bolsonaro, a PF indiciou outras 11 pessoas. A seguir, a lista:
- tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- general da reserva do Exército e pai de Cid;
- advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação;
- advogado do ex-presidente;
- assessor de Bolsonaro;
- ex-assessor de Bolsonaro;
- ex-assessor de Bento Albuquerque;
- ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro;
- auditor-fiscal e ex-secretário da Receita;
- chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República no mandato de Bolsonaro;
- ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia.
A PF abriu a investigação contra Bolsonaro em março de 2023, depois de o jornal O Estado de S. Paulo revelar que um dos kits de joias presenteados pelos sauditas foi retido na alfândega do aeroporto de Guarulhos (SP), por não ter sido declarado.
Após uma decisão do Tribunal de Contas da União segundo a qual os presentes deveriam ser devolvidos à União e a repercussão negativa do caso, o entorno de Bolsonaro teria montado uma operação para recuperar os itens vendidos no exterior.
Fonte: revistaoeste