O — que condenou Lula no âmbito da Operação Lava Jato — contratou o militante petista Célio Golin para ministrar uma aula a juízes no Rio Grande do Sul. O palestrante é o fundador do PT no município Nonoai, cidade a 400 quilômetros de Porto Alegre.
Nas últimas eleições presidenciais, Golin fez campanha aberta para o atual presidente. “Vou votar no Lula para que a gente garanta os direitos humanos e a democracia da população LGBTQIA+”, anunciou o militante em suas redes sociais, em 2022.
Ainda durante o pleito eleitoral, o palestrante publicou no Instagram uma foto ao lado de Olívio Dutra, ex-presidente nacional do PT. Em suas postagens, o “professor” exibe em camisas e bandeiras a imagem do então candidato e a frase “Lula livre”.
Golin se intitula defensor dos direitos humanos. Ele é ainda fundador do Grupo pela Livre Expressão Sexual (Nuances), que atuou na primeira parada gay do Rio Grande do Sul.
Em novembro de 2019, a 8ª Turma do TRF-4 confirmou, por unanimidade, a condenação de Lula no processo referente a um sítio de Atibaia (SP) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os magistrados aumentaram a pena do atual presidente da República de 12 anos e 11 meses para 17 anos de reclusão em regime fechado e pagamento de multa superior a R$ 842 mil.
Esta foi a segunda apelação criminal que envolve Lula julgada pelo tribunal em ações no âmbito da Operação Lava Jato.
Essa e outras sentenças foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o TRF-4 informou ao Metrópoles, “o curso ministrado por Célio Golin foi dado a 30 juízes federais de primeiro grau, em janeiro deste ano, em participação única e eventual”. De acordo com o site, o valor do contrato foi de R$ 556.
O TRF-4 informou em nota que “Célio Golin participou, como debatedor convidado, de uma mesa em curso de formação para juízes federais de primeiro grau (30 magistrados aprovados no último concurso), no dia 15/1, de forma única e eventual”.
Ainda segundo o tribunal, o convite para a participação do petista para o “diálogo formativo” decorre de sua “larga experiência como membro da sociedade civil em diálogo com atores do sistema de Justiça, com reconhecida experiência e reflexão sobre a demanda de direitos civis e fundamentais junto ao sistema de Justiça.”
Fonte: revistaoeste