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Política

Oposição busca responsável por vazamento de imagens da Embaixada da Hungria no Brasil

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A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva quer saber quem vazou imagens recentes do circuito interno da Embaixada da Hungria em Brasília, que mostram o ex-presidente Jair Bolsonaro no local. Os vídeos foram divulgados nesta segunda-feira, 25, pelo jornal The New York Times.

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) publicou um vídeo nas redes sociais, em que chama o caso de “narrativa absurda”. Segundo o parlamentar goiano, a repercussão da ida do ex-presidente à embaixada serve para desviar o foco da perda de popularidade de Lula.

“O satélite estava acompanhando o carro do presidente Bolsonaro, é isso mesmo?”, perguntou Gayer. “Ainda conseguiram imagens de dentro da Embaixada da Hungria. E isso foi divulgado na imprensa dos EUA. Pouco tempo depois de uma comitiva ter ido aos EUA mostrar a ditadura e a sanha autoritária que está acontecendo no Brasil. Tudo é muito estranho.”

O ex-vice-presidente e senador Hamilton Mourão publicou no Twitter/X uma pergunta sobre a possibilidade de países estarem investigando o Brasil. “A pergunta que não quer calar: existe uma operação de Inteligência estrangeira monitorando determinadas embaixadas no Brasil? Caso positivo, onde anda a contraespionagem?”

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também comentou o assunto, mas de forma indireta. A parlamentar republicou uma postagem do jornalista investigativo Claudio Dantas. Ele cobrou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigue uma possível vigilância das agências de Inteligência de outros países.

“Ninguém está se perguntando como imagens do circuito fechado de uma embaixada estrangeira vazam para a imprensa, com o objetivo de incendiar o já deflagrado ambiente político”, escreveu Dantas, em postagem compartilhada por Bia Kicis. “Obra de agências de Inteligência externas? Ninguém na Abin, no Planalto, no Congresso interessado apurar?”

O filho de Bolsonaro e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais para criticar a reportagem e questionar o vazamento das imagens.

“Estranho como imagens de um circuito interno de TV de uma embaixada estrangeira vazam e ninguém se pergunta como”, escreveu, no Twitter/X. “Serviço de Inteligência de algum país? Hacker a serviço de quem? Por que um assunto do Brasil e da Hungria foi vazado de um jornal esquerdista norte-americano? Somos tão ingênuos assim?”

Bolsonaro foi até a Embaixada da Hungria em 12 de fevereiro, onde dormiu por dois dias. Ele saiu do local em 14 de fevereiro. O ex-presidente foi gravado por câmeras de segurança, que foram divulgadas pelo .

O político tem uma relação de proximidade com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que representa a direita no país. A estadia de Bolsonaro aconteceu quatro dias depois que a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Tempus Veritatis, para investigar uma suposta organização criminosa em uma tentativa de golpe de Estado.

A corporação teve como alvo pessoas próximas de Bolsonaro. Em 8 de fevereiro, dia da deflagração da operação, o passaporte do ex-presidente foi apreendido. De acordo com o jornal norte-americano, a estadia de Bolsonaro na embaixada seria uma possível tentativa de escapar da Justiça brasileira.

A Embaixada da Hungria no Brasil, assim como todas as embaixadas, não possui jurisdição brasileira e são invioláveis. Nesse caso, Bolsonaro não poderia ser preso dentro do local, caso surgisse uma ordem de prisão.

A defesa de Bolsonaro rebateu a hipótese levantada pelo New York Times. Em nota, os advogados afirmaram que é de conhecimento público que o ex-presidente mantém um bom relacionamento com o premiê húngaro.

“Nos dias em que esteve hospedado na embaixada, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo, atualizando os cenários políticos das duas nações”, informou a defesa de Bolsonaro. “Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional.”

Fonte: revistaoeste

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