O autodenominado Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se organiza para tentar eleger uma prefeita nas eleições municipais deste ano. Ação que pode ocorrer em parceria direta com o Partido dos Trabalhadores (PT).
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Militante declarada do grupo invasor de terras, Rosana Amorim anunciou sua pré-candidatura à Prefeitura de Caruaru (PE). Ela é natural da cidade, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, conta com .
Filiada ao PT, Rosana exerce seu primeiro mandato como deputada estadual por Pernambuco. Nas eleições 2022, primeira vez em que disputou algum cargo público, ela não declarou nenhum bem à Justiça Eleitoral. Além disso, informou ser solteira e com ensino superior incompleto. “Estudante, bolsista, estagiário e assemelhados” foi a ocupação informada às autoridades.
“Este é o ano que o PT vai ter uma candidatura própria em Caruaru para mostrar sua força em uma cidade que é referência no agreste e o meu nome está à disposição do partido para esta disputa”, anunciou Rosana, em postagem em seu perfil no Instagram nesta segunda-feira, 8. “Precisamos construir uma cidade para o povo caruaruense para que a princesinha do Agreste alcance todo o seu potencial.”
Com o anúncio da pré-candidatura de Rosana, o MST comemorou. De acordo com o movimento que se propõe a invadir propriedades privadas e, consequentemente, atrapalhar o trabalho de quem lida diretamente com o brasileiro, os eleitores de Caruaru poderão eleger “a primeira prefeita negra, LGBT e sem terra”.
O movimento invasor de terras ainda aproveitou para provocar o município de Campina Grande (PB). Afinal, para o grupo, Caruaru é “a cidade com o maior São João”.
MST mira prefeitura depois de eleger deputados
A pré-candidatura de uma militante sem-terra para o cargo de prefeita ocorre na eleição seguinte em que o MST se organizou no âmbito da política partidária. Nas eleições gerais de 2022, o grupo conseguiu eleger seis de seus militantes.
Além de Rosana, o movimento teve sucesso em candidaturas de dois deputados federais e três deputados estaduais. Todos eles estavam — e ainda estão — filiados ao PT.
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Fonte: revistaoeste