Manifestantes tentaram invadir o Parlamento do Quênia nesta terça-feira, 25. A ativista queniana Auma Obama, meio-irmã do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, estava no grupo atacado com gás lacrimogêneo. As informações são do jornal .
A polícia do Quênia também atirou contra os manifestantes que tentaram invadir o Parlamento do país, localizado em Nairóbi. Pelo menos dez pessoas morreram durante a ação e outras dezenas ficaram feridas. Os atos ocorrem contra a aprovação de aumento de impostos.
Auma Obama deu uma entrevista ao jornal CNN logo depois de a polícia ter utilizado gás lacrimogêneo para conter a manifestação no Quênia. “Estou aqui porque vejam o que está acontecendo”, iniciou.
“Os jovens quenianos estão se manifestando por seus direitos. Eles estão protestando com bandeiras e cartazes que já nem consigo ver. Estamos sendo atacados com gás lacrimogêneo”, acrescentou.
Um homem atrás dela carregava um cartaz com dizeres: “O colonialismo nunca acabou no Quênia”, enquanto outro gritava: “Este é o nosso país. Esta é a nossa nação”.
A polícia abriu fogo contra manifestantes que tentavam invadir o Parlamento do Quênia nesta terça-feira, resultando em pelo menos dez mortos, dezenas de feridos e seções do prédio incendiadas enquanto os legisladores aprovavam um aumento de impostos.
Os manifestantes teriam conseguido dominar a polícia durante os atos e invadir o complexo do Parlamento. O grupo teria entrado na câmara do Senado pela manhã nesta terça-feira, 25.
A polícia disparou depois que gás lacrimogêneo e canhões de água não conseguiram dispersar a multidão. A repórter Vivian Achista da chegou a contar dez corpos ao lado de fora do Parlamento.
O paramédico Richard Ngumo relatou que mais de 50 pessoas foram feridas a tiros. Ele estava transportando dois manifestantes feridos para uma ambulância em frente ao Parlamento.
“Queremos fechar o Parlamento, e todos os deputados deveriam renunciar”, disse o manifestante Davis Tafari, que tentava entrar no local. “Queremos um novo governo.”
Protestos e confrontos também ocorreram em várias outras cidades e vilas do país, com muitos que pediam a renúncia do presidente William Ruto e manifestavam-se contra os aumentos de impostos.
O Parlamento aprovou o projeto de lei de finanças, passando-o para uma terceira leitura pelos legisladores. O próximo passo é que a legislação seja enviada ao presidente para assinatura, podendo devolvê-la ao Parlamento se tiver alguma objeção.
Fonte: revistaoeste