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Política

MBL planeja se tornar partido político: entenda os detalhes por trás da decisão

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Depois de alcançar seu melhor desempenho em , , o (MBL) encara agora seus próximos : concluir a criação de um partido próprio, o Missão, e difundir suas ideias pelo . 

A , o líder e fundador do movimento, Renan Santos, contou seus planos para ter sucesso nessas tarefas. Ele acredita que o partido já nasce com uma identidade, uma cara, “diferentemente do Partido ”, com um potencial propagação para além da lógica Rio-São Paulo e com foco no cultivo e fomento de lideranças. 

Além disso, o grupo, que enfrentou críticas ao se posicionar a favor do voto nulo entre e , em 2022, e ao fazer oposição inflexível a , em 2024, vê movimentos capazes de captar eleitores dessas duas alas da direita.

Abaixo, os principais trechos da entrevista com Renan Santos.

Renan Santos, fundador e líder do MBL (Movimento Brasil Livre)
Renan Santos, Fundador E Líder Do Movimento Brasil Livre (Mbl) | Foto: Reprodução/Instagram

Essa é nossa aposta mais cara, mais custosa, que a gente teve. Até hoje, temos mais de 700 mil fichas coletadas, já validadas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Quando se a assinatura, primeiro, ela é validada no site do TSE. Aí, depois, mando para o cartório. Então, são duas validações. Contando a perda que tem em cartório, fazendo 735 mil fichas, bato tudo. O número obrigatório por lei é 537 mil. Até o fim de novembro, quando termina a fase de coleta, a projeção é buscar quase 800 mil. Depois, tenho de levar para o cartório. Entregamos tudo até fevereiro. E, até julho do ano que vem, terminamos. A não ser que o TSE venha com alguma loucura lá no julgamento. Contudo, não tem motivo para isso.

O nosso nome é Missão, daquela coisa de “Missão, Visão e Valores”. Visão e Valores do MBL todo mundo sabe, agora, vamos entregar nossa Missão.

Nosso objetivo é ter um projeto próprio, com linguagem própria. É um projeto que tem que superar os erros da direita nos últimos anos, e, sobretudo, superar os erros do próprio MBL. Aquele discurso de “liberal na economia e conservador nos costumes” falhou e tem de ser superado.

Aquele eleitor que tudo o que o Marçal diz, até mesmo o laudo falso do Boulos, esse não tem como vir com a gente. Agora, talvez, o eleitor que possamos captar é aquele de baixa consciência política, que primeiro se apaixonou pelo Bolsonaro e agora se apaixonou pelo Marçal.

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O Novo é um partido composto de pessoas de direita, mas que não construiu uma identidade, uma ideologia própria, uma linguagem própria e candidaturas fortes próprias. A eleição de 2024 mostrou que não temos de ficar presos na lógica paulista e carioca. O Brasil não é só São Paulo e Rio. Por exemplo, qual o problema real do Nordeste? Não adianta falar “ah, vamos trazer mais mercado”. Não é só isso. Qual o problema de educação? Qual é o problema político? Como solucioná-los? E esse cenário mais amplo a gente não tem condição de fazer, hoje, com os nossos candidatos: um no MDB, outro no PP, outro no União Brasil, outro no Novo. Com certeza, com nosso partido, teríamos um candidato a prefeito e faríamos mais vereadores eleitos. O Novo fez isso? Fez, mas sem identidade. 

O Missão já nasce com uma identidade estabelecida… Eu só tiraria a parte do “liberal”. Acho que a gente está querendo romper inclusive com isso. O Brasil tem problemas que o berço teórico -americano não entende e não resolve.

Olha, todos esses outros eu traria pro partido. Mas não vou ficar importando tantas pessoas de fora em cima de um projeto que foi construído aqui. Grandes nomes têm de surgir de quem já vem conosco.

São duas camadas. Em Brasília, o Kim Kataguiri conversa com todo mundo, dos ex-MBL ao Nikolas Ferreira. O Kim tem de conversar com o Nikolas, porque recebem muito para ser parlamentares. O Guto Zacarias tem de se dar bem com Gil Diniz. Então, a Amanda vai ter de conversar com o Pavanato. A nossa instituição é nossa casa, mas o Parlamento não é nossa casa. É a casa do povo, onde eles têm de trabalhar entre eles. Internamente, não queremos relação. Mas, nos setores públicos, nossos eleitos têm obrigação de conversar. A gente nunca mais vai investir em pessoas que vão nos trair. Isso foi um erro muito grande que a gente cometeu.

Fonte: revistaoeste

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