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Política

Lula reforça apoio a ‘novas eleições’ na Venezuela: pronunciamento atualizado

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender “novas eleições” na Venezuela. O petista afirmou nesta quinta-feira, 15, que ainda não reconhece a vitória de Nicolás Maduro no pleito eleitoral de 28 de julho. Disse também que o ditador “sabe que está devendo” uma explicação ao mundo. Segundo o petista, se tiver “bom senso”, Maduro poderia convocar novas eleições no país.

“Ainda não reconheço [que Maduro vendeu a eleição], e ele sabe que está devendo uma explicação para o mundo”, afirmou Lula, que cumpre agenda oficial no Estado do Paraná. O presidente deu as declarações em entrevista a uma rádio de Curitiba.

Lula afirmou que o venezuelano pode convocar novas eleições, mas com a ção de observadores internacionais.

“Ele poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário que participe todo mundo e deixar que entrem observadores internacionais”, sugeriu.

O petista afirmou também que não pode tomar uma decisão “precipitada” sobre o assunto. “Não é bom que um presidente da República de um país fique dando palpite sobre um presidente de outro país”, observou.

O Brasil tenta, junto com Colômbia e México, a abertura do entre o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, e o ditador Nicolás Maduro.

Enquanto a comunidade internacional reconhece González como vencedor do pleito eleitoral, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), sob o comando de aliados de Maduro, declara o atual presidente como reeleito.

A sugestão por uma nova eleição, que funcionaria como uma espécie de segundo turno, foi levada a Lula pelo especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim. Este afirmou que a ideia é embrionária e ainda não foi discutida com os outros países.

Tanto Maduro quando a oposição rejeitam a proposta, uma vez que ambos já se consideram vencedores.

O CNE deu a vitória a Maduro, por 51,95% dos votos, contra 43,18% do segundo colocado, González. Mas a oposição apresentou atas eleitorais e alega que o seu candidato teve mais de 60% dos votos.

Nesta semana, Lula fez um novo contato com o presidente da Colômbia, , e com o do México, Andrés Manuel López Obrador, para tratar sobre o tema. Embora não tenha dado detalhes sobre a conversa, o petista afirmou que eles tentaram encontrar uma saída para o impasse nas conversas.

“Eu não posso dizer que a oposição foi vitoriosa, porque eu não tenho os dados; muito pouco posso dizer que o Maduro foi vitorioso, porque não tenho os dados”, disse Lula, ainda na entrevista de hoje. “Eu não posso me comportar de forma apaixonada e precipitada. Eu quero o resultado.”

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Celso Amorim afirmou que levou a sugestão a Lula após ouvir outros atores internacionais. Na hipótese de haver um “segundo turno”, ele defendeu a ideia de que a União Europeia suspenda as sanções em vigor e envie observadores para a eleição.

Desde que ouviu a sugestão, Lula tem considerado o assunto e chegou a tratar sobre o tema na última reunião ministerial, realizada na semana passada. Na ocasião, afirmou que Maduro deveria ter tido, ele próprio, a iniciativa de chamar uma nova eleição no país, segundo pessoas presentes no encontro.

Embora afirmem que o assunto não é discutido formalmente dentro do , auxiliares de Lula admitem que um novo pleito poderia ser a solução para o conflito no país.

Integrantes do primeiro escalão dão como certo que a posição do Brasil no conflito venezuelano pode impactar negativamente na popularidade de Lula.

: revistaoeste

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