Na última quarta-feira, 15, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou auxílio-moradia para a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) do Distrito Federal (DF). O petista retirou o trecho do Projeto de Lei (PL) 4.426/2023, que mencionava o benefício, adicionado, anteriormente, pelo Congresso Federal.
Entre outras medidas, o PL concede um aumento de 18% no salário de bombeiros e de policiais civis e militares do DF.
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O reajuste foi feito em duas parcelas: a primeira, de 9%, incorporou-se aos salários dos servidores em julho e a segunda, de mais 9%, é prevista para janeiro de 2024. O pagamento virá do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), cuja finalidade é prover os recursos necessários à organização e à manutenção das polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros militar do DF.
Lamento ao veto do auxílio-moradia
A decisão de vetar o auxílio moradia desagradou a alguns parlamentares do DF. A senadora Leila Barros (PDT), em um tuíte, criticou a ação do presidente. “Lamento que o governo tenha vetado o pagamento do auxílio-moradia”, disse. “Vou intensificar o diálogo com as lideranças para derrubarmos o veto.”
Em vídeo postado no Twitter/X, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou que “esse governo não gosta da Polícia Militar, não gosta de policial”. Reforçou, ainda, que quer “tentar derrubar os vetos no Congresso”.
Segundo apuração do jornal Correio Braziliense, a primeira parcela representará R$ 372,2 milhões até o fim deste ano, e a segunda deve custar R$ 685 mi até o fim de 2024.
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Em contrapartida, a nova Comissão Diretora do Senado aumentou a cota parlamentar dos senadores e outros benefícios, em fevereiro.
A Casa autorizou os senadores a usarem a cota para turbinar o auxílio-moradia, deu quatro passagens aéreas extras de ida e volta para Brasília para cada parlamentar e ainda garantiu imóveis funcionais do Senado para os integrantes licenciados — no caso, aqueles que assumiram ministérios no governo.
Em 2025, o reajuste será de 6,13%. O valor da cota varia conforme a unidade da federação representada pelo senador. Os mais baixos são os de Goiás e Distrito Federal (R$ 22,3 mil). O mais alto, do Amazonas (R$ 46,9 mil).
Fonte: revistaoeste