Aliados do candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) consideram como “erro grave” a divulgação de um suposto laudo que associava o opositor Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas. A é do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o veículo, a avaliação de interlocutores é de que a publicação reforça a impressão de que se trata de uma candidatura amadora que está disposta a ignorar qualquer limite na disputa eleitoral.
Eles afirmam que, ainda que não tenha grande repercussão neste domingo, 6, o fato deve ser explorado ao longo do segundo turno inteiro, caso o ex-coach avance. Isso deve dificultar muito a tarefa de reduzir a rejeição do influenciador.
Antes do suposto laudo, Marçal buscava diminuir a rejeição e vinha adotando uma postura mais contida, como no último debate da campanha, promovido pela TV Globo.
Em caráter reservado, os aliados de Marçal disseram à Folha que não enxergam possibilidade de que o episódio tenha qualquer consequência positiva.
Um deles diz que a recepção negativa pode ser rebatida parcialmente por meio da ênfase em uma narrativa antissistema, segundo a qual Marçal estaria sendo perseguido para não ganhar a eleição dos candidatos preferidos.
Nessa linha, segundo o jornal, a evidência da perseguição seria a suspensão dos perfis do influenciador pela Justiça eleitoral neste sábado, 5.
O Instituto de Criminalística de São Paulo confirmou que o laudo publicado por Marçal é falso. A entidade apontou diversos erros no documento, como a assinatura do médico e o RG de Boulos, que estava incorreto.
O sócio da clínica Mais Consultas, Luiz Teixeira da Silva Junior, já teve problemas anteriores com falsificação.
No mesmo dia indicado no prontuário, 19 de janeiro de 2021, Boulos fez uma transmissão ao vivo no fim da manhã comentando sobre a importação das vacinas.
No dia seguinte, o psolista participou de uma ação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) na favela do Vietnã, na zona sul da cidade.
A médica Aline Souza, filha do médico José Roberto de Souza, afirmou em vídeo que o pai dela nunca trabalhou na clínica que aparece no suposto prontuário.
Fonte: revistaoeste