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Política

Latam confirma: Filipe Martins foi para Curitiba, não para os EUA

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A companhia aérea Latam emitiu um documento confirmando que Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, embarcou de Brasília para Curitiba em 31 de dezembro de 2022. A empresa divulgou a informação nesta sexta-feira, 15.

Filipe Martins foi preso sob a alegação de ter saído do país naquele mesmo dia, depois de ter tido seu nome incluso na lista de possíveis passageiros do voo presidencial que rumou para a Orlando. O ex-assessor, no entanto, rumou de Brasília para Curitiba, com oito malas despachadas, e seguiu para Ponta Grossa, onde foi encontrado.

A Latam emitiu um documento declarando que Filipe Martins encontrava-se no voo LA3680, que saiu de Brasília às 16h50 e chegou a Curitiba às 18h40. O ministro Alexandre de Moraes mandou prender Filipe Martins por supostamente ter viajado para Orlando.

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Declaração De Embarque Da Latam, Provando Que Filipe Martins Viajou Para Curitiba, E Não Para Orlando.

Moraes quer ainda as imagens do Aeroporto de Brasília para soltar o ex-assessor, que até agora não foi acusado de nenhum crime.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu há duas semanas parecer declarando não ver motivos para a prisão de Filipe Martins.

O único indício apresentado até agora para a prisão do ex-assessor foi “ter ido” para os EUA, o que, para a PF, poderia “indicar que o mesmo tenha se evadido do país para se furtar de eventuais responsabilizações penais”. Não se sabe qual seria o crime, caso tivesse mesmo entrado nos EUA.

As tais “responsabilizações penais” dizem respeito às investigações decorrentes do 8 de janeiro e da delação do tenente-coronel Mauro Cid, que começaram cerca de um mês depois do 8 de janeiro.

Ou seja, Filipe Martins teria entrado nos EUA “para se furtar de responsabilizações penais” de uma investigação que começou um mês depois de sua viagem. Teria adentrado o sistema imigratório mais rígido do mundo sem ninguém perceber sua presença. E foi preso em Ponta Grossa, com a Latam confirmando que a viagem tampouco existiu.

A única “prova” para a prisão seria um post do portal Metrópoles. A publicação diz que Filipe Martins teria entrado nos EUA por causa do documento i94, que assinalaria seu nome. Como apurou, no entanto, . Não revela nem mesmo viagens oficiais realizadas pelo próprio Filipe Martins para os EUA. .

Acessar o documento de terceiros pelo site do Homeland Security é crime federal nos EUA, o que enseja punição de “não menos do que 12 anos de prisão”.

A Polícia Federal alegou que Filipe Martins tinha “localização incerta”, mas desconsiderou fotos em mídias sociais que o mostravam acompanhado no Brasil. Mesmo assim, o ex-assessor foi preso rapidamente em local conhecido — e em território brasileiro.

Fonte: revistaoeste

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