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Política

Justiça mantém ex-apresentador do SBT preso: decisão nega pedido de liberdade

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O (TJ-SP) negou um pedido de soltura para o jornalista Marcelo Carrião, ex-apresentador do SBT, nesta sexta-feira, 15. Ele é investigado por tráfico de drogas e associação criminosa.

O ex-apresentador foi preso junto de mais oito pessoas em 28 de fevereiro, em Santos, litoral sul de São Paulo. Na operação, a Polícia Civil encontrou três estufas de plantação de maconha em uma casa na Rua Joaquim Nabuco, no bairro Vila Matias. O jornalista seria o “fornecedor” dos entorpecentes.

Para a 4ª Câmara de Direito Criminal, “não há dúvidas” sobre o envolvimento do jornalista nos crimes. No dia seguinte à detenção, o juízo de Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Santos converteu a prisão em flagrante em preventiva. Ainda cabe recurso.

O ex-apresentador do SBT teria fornecido os entorpecentes a duas mulheres que faziam “delivery de drogas” em bairros nobres de Santos. Isso porque a polícia encontrou uma grande quantidade de drogas e uma balança de precisão, além de um celular com indícios do envolvimento do jornalista com o tráfico.

marcelo carrião preso - montagem de foto com as drogas apreendidas ao lado
Segundo A Magistrada, O Fato De O Jornalista Ser Réu Primário E Ter Residência Fixa ‘Não Passam Da Obrigação De Qualquer Cidadão’ | Foto: Reprodução/Polícia Civil

De acordo com a relatora do pedido, desembargadora Fátima Vilas Boas, houve conversas de WhatsApp entre Marcelo Carrião e outros indiciados sobre o esquema do fornecimento das drogas, bem como os comprovantes de transferências via Pix.

Ao pedir um habeas corpus de soltura, a defesa do apresentador argumentou que ele não conhecia os demais envolvidos e que a droga era para consumo próprio.

No pedido de soltura, o advogado Marcelo José Cruz alegou que Carrião é réu primário, tem residência própria e fixa e trabalho lícito. Ele afirmou que não houve fundamentação para a decretação da prisão preventiva.

Já para Fátima, da 4ª Câmara de Direito Criminal, é um “crime de extrema gravidade” e equipara-se ao crime hediondo.

Segundo a magistrada, o fato de o jornalista ser réu primário e ter residência fixa “não passam da obrigação de qualquer cidadão”. Para ela, a soltura também fomentaria o incentivo à impunidade e aumentaria a chance de reincidência do crime de tráfico.

De acordo o delegado Fabiano Barbeiro, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), Marcelo Carrião é parte de uma operação que investiga drogas na região, chamada “Domo de Ferro”. A Polícia Civil mirava duas mulheres em Santos, no início de fevereiro. A dupla, conforme a corporação, era responsável por um “disk drogas” na cidade.

Os suspeitos foram identificados a partir da apreensão de um celular que estava com elas. Nesse aparelho, ainda de acordo com o delegado Rivau, foram encontradas diversas conversas de Marcelo Carrião com uma das mulheres. “Ele ofereceu a droga, ela fez o pedido e combinou a entrega para que pudesse comprar e revender no Gonzaga”, explicou.

Fonte: revistaoeste

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