Sophia @princesinhamt
Política

Judeus ligados ao governo Lula reagem em silêncio a comentários controversos sobre o Holocausto

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Integrantes da comunidade judaica que atuam no federal se mantêm em silêncio em relação às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou as ações de Israel em Gaza às dos nazistas e de Hitler no Holocausto.

Procurados por com questões a respeito dessa fala, a ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, e o senador Jaques Wagner, líder do governo no Senado, não deram retorno até o fechamento desta matéria.

Tal ausência de , na opinião do presidente-executivo da Federação Israelita do Estado de (Fisesp), Ricardo Berkiensztat, impede que, mesmo dentro de uma atuação pública, eles sejam considerados representantes da comunidade judaica.

“Eu não classificaria [eles] como representantes judeus, porque eles não são representantes da comunidade judaica, né?” Segundo o presidente-executivo, todos aqueles que têm um bom senso e conhecimento da história “não vão comparar o Holocausto a nada”.

“O Holocausto é algo incomparável”, prosseguiu Berkiensztat. “Portanto, eu acho que as declarações do Lula foram infelizes, desonestas historicamente dizendo, e todos aqueles que têm caráter ou todos aqueles que têm bom senso deveriam criticar o presidente por essa .”

Ele não aceita a tese de que o governo federal está apenas criticando o governo israelense. Para ele, a declaração de Lula ultrapassou qualquer limite.

“Você criticar o Netanyahu, o Exército de Israel é democrático”, afirmou o dirigente. “Você associar ao Holocausto se torna algo antissemita. E desprovido de contexto histórico.”

Lula
Lula deu declarações depois de pergunta sobre a UNRWA | : Ricardo Stuckert/PR

No domingo 18, Lula definiu como “genocídio” e “chacina” a resposta de Israel na Faixa de Gaza aos ataques do grupo terrorista Hamas a Israel, em 7 de outubro. Ele comparou a ação israelense ao extermínio de 6 milhões de judeus pelos nazistas, sob o regime de Adolf Hitler no período da Segunda Guerra Mundial.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico”, disse Lula, antes de completar. “Aliás, existiu, quando o Hitler resolveu matar os judeus.”

A resposta veio depois de questionamento a respeito do fim da ajuda financeira de alguns países à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês).

A agência foi acusada de ter funcionários que participaram dos ataques do Hamas. Embaixo da da agência, agentes das Forças de Defesa de Israel também encontraram um túnel construído pelo grupo extremista.

Depois das declarações, Israel considerou que Lula é persona non grata. O embaixador brasileiro, Frederico Meyer, foi chamado para uma , do protocolo diplomático, com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, no .

Katz mostrou ao embaixador brasileiro imagens de judeus em campos de concentração e testemunhos registrados de familiares que foram perseguidos pelos nazistas, entre eles seu avô.

A maneira pela qual a reunião em Jerusalém foi conduzida irritou o governo brasileiro, que convocou o embaixador Daniel Zonshine para tomar satisfações, no Rio de Janeiro, com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. Além disso, Lula chamou o embaixador Meyer para uma reunião no Brasil.

Fonte: revistaoeste

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