Diante do papa Francisco, o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, citou uma frase de Pedro Casaldáliga, religioso espanhol conhecido como “bispo dos sem-terra”.
“Malditas sejam todas as cercas”, disse Stédile, no sábado 18. “Malditas todas as propriedades privadas que nos privam de viver e amar.”
O dirigente do MST viajou ao estrangeiro para participar de um encontro público do santo padre com integrantes de movimentos populares, que reuniu milhares de participantes.
Antes de se pronunciar, Stédile levou a bandeira do MST ao líder da Igreja Católica, em Verona, na Itália, que abençoou o objeto.
“Pedi ao papa que abençoasse nossa bandeira do MST e lhe relatei a situação do Rio Grande do Sul”, disse Stédile. “Ele ouviu com atenção e disse que estava acompanhando e rezando.”
Não é a primeira vez que Francisco saúda o MST. Em 2020, durante a pandemia de covid-19, o Vaticano enviou uma carta ao movimento, em nome do pontífice, em agradecimento pela distribuição de alimentos. O manuscrito considerou a ação do MST um “gesto bonito”.
Fonte: revistaoeste