A ex-deputada estadual por São Paulo e professora de Direito, Janaina Paschoal, saiu em defesa do senador Sergio Moro (união brasil-PR). O parlamentar é alvo de acusações apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e enviadas ao Tribunal regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
Por meio de publicação em seu perfil no Twitter/X, Janaina considerou séria a tentativa de cassar o mandato de Moro. Ela classificou o senador como o “maior desafeto do governo” comandado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Considero muito sério revogar o mandato do maior desafeto do governo do momento, por situações que o próprio MPE autorizou não caracterizarem corrupção”, escreveu a ex-parlamentar. “Mais inadmissível ainda é tirar esse potencial opositor do jogo eleitoral por nada.”
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Janaina ainda destaca que, caso ocorra a cassação de Moro, abrirá precedentes para atuarem contra os próprios partidos que entraram contra o senador, PT e PL. De acordo com ela, isso afetará políticos remunerados pelos partidos, como Michelle Bolsonaro (PL) e Gleisi Hoffmann (PT).
O PL, que pediu a cassação de Moro, também paga salário e despesas para D. Michele, potencial candidata à vaga do Senado pelo Paraná. O PT, que também pede a cassação de Moro, sempre pagou salário ao Presidente Lula e deve financiar em alguma medida a sua Presidente, Deputada…
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) December 15, 2023
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A ex-deputada afirma que as acusações são referentes ao período em que Moro era pré-candidato à presidência da república pelo Podemos e que não há irregularidades, uma vez que o senador tinha real intenção de disputar o cargo em 2022.
MPE pede cassação de Sergio Moro
, sob a alegação de abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral do ano passado. O órgão também quer a inelegibilidade do atual senador por oito anos.
Moro é acusado pelo PL e pela federação brasil da esperança (PT/PCdoB/PV) de ter causado um desequilíbrio eleitoral nas eleições para senador, em outubro do ano passado, em que foi eleito com 1,9 milhões de votos (33,5% dos votos válidos). Os requerentes afirmam que essa irregularidade teria acontecido desde o lançamento da sua pré-candidatura à Presidência da República, no fim de 2021, que foi descartada posteriormente.
O Ministério Público considerou investimentos feitos pelo Podemos, partido que filiou Moro quando entrou na vida política e se lançou pré-candidato à Presidência. Em maio do ano passado, o ex-juiz se filiou ao União Brasil, depois de ver a diminuição das suas chances de vitória na corrida presidencial. Ele candidatou-se ao Senado pelo Paraná.
No parecer, o MPE sustenta que os gastos na pré-campanha do atual senador excedem o limite razoável.
“O que torna a pré-campanha dos investigados abusiva, in casu, é o investimento vultoso de recursos financeiros realizado para a promoção pessoal, gerando grande visibilidade da pré-campanha, em detrimento dos demais candidatos ao Senado do Paraná”, afirma o MPE, em trecho do documento no qual pede a cassação do mandato de Moro.
Fonte: revistaoeste