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Política

Investigações sobre Cláudio Castro, Governador do RJ, são arquivadas por Mendonça

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O ministro do André Mendonça decidiu arquivar as investigações de corrupção que envolvem o governador do Rio de Janeiro, . Essa decisão interrompe as apurações ligadas à Operação Catarata e à Fundação Leão XIII.

A decisão de Mendonça foi tomada depois da constatação de que promotores do Ministério Público do (MPRJ) desrespeitaram a prerrogativa de foro de Castro. Além disso, foram anuladas provas obtidas através de colaboração premiada, comprometendo o andamento do processo.

“Os depoimentos foram sendo colhidos em progressão, a partir de uma sequência de reuniões e buscas nessa direção”, concluiu o ministro, em decisão.

As investigações incluíam reuniões de Castro com Marcus Vinícius Azevedo da , empresário envolvido no caso. Com o arquivamento, o processo foi remetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde poderá seguir um novo curso.

Há ainda a possibilidade de que a decisão de Mendonça seja contestada no STF, cabendo recurso. Essa medida reflete a complexidade do cenário jurídico, em que as prerrogativas de foro e as evidências obtidas precisam ser cuidadosamente avaliadas.

Cláudio Castro durante coletiva de imprensa
Cláudio Castro, Governador Do Rio De Janeiro | Foto: Tom Costa/Mjsp

A investigação contra Castro foi deflagrada em julho de 2019 e apurou um suposto de corrupção na Fundação Leão XIII, órgão do governo do Estado do Rio responsável por políticas de assistência social. Os desvios teriam causado prejuízo de pelo menos R$ 32 milhões aos cofres públicos.

Em agosto de 2020, o MP-RJ denunciou 25 pessoas pelos supostos crimes. O processo tramitava na 26ª Vara Criminal do Rio, mas foi encaminhado ao STJ em julho, depois que um dos réus firmou acordo de delação premiada com o MP-RJ e fez acusações contra o governador, que só pode ser julgado pelo STJ, em razão de foro previsto na Constituição Federal.

O delator é o empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva. Ele declarou ao Ministério Público que ajudou a financiar a campanha de Castro a vereador no município do Rio, em 2016, e depois de sua eleição tornou-se assessor dele na Câmara Municipal.

Silva disse que Castro recebeu propina em contratos da Prefeitura do Rio quando era vereador, em 2017. Segundo ele, o foi desviado da então Subsecretaria da Pessoa com (SubPD).

Ao se eleger vice-governador, na chapa de Wilson Witzel, e assumir o cargo, em janeiro de 2019, Castro passou a gerir a Fundação Leão XIII. A partir de então, segundo Silva, o governador passou a integrar um esquema de corrupção em projetos de assistência social.

No início das investigações, o governador lamentou que fatos antigos estivessem sendo “requentados” e reiterou a confiança na Justiça, para que a situação fosse esclarecida o mais rápido possível. Ainda segundo a nota da época, o delator foi interpelado judicialmente por calúnia e denunciação caluniosa, e a defesa do governador entrou com um pedido de nulidade da delação devido a irregularidades na denúncia.

: revistaoeste

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