O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que concorda com as críticas de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está “analógico” nas redes sociais. Além disso, que é preciso aprender a “calibrar” a comunicação do Executivo para lidar com a “ascensão da extrema direita”.
“Nós temos também que calibrar melhor a nossa comunicação, os nossos discursos”, disse Haddad em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada no sábado 27. “Precisamos aprender a lidar com essa ascensão da extrema direita.”
“Concordo com os críticos que dizem que nós ainda estamos muito analógicos nas redes sociais. (…) O combate às fake news é um problema ainda para nós”, continuou o ministro de Lula.
De acordo com Haddad, o governo não deseja uma “saída autoritária” para a desinformação, como proibir plataformas de redes sociais de operarem no Brasil.
Durante a entrevista, o ministro da Fazenda criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que “não houve propriamente um governo Bolsonaro que nos antecedeu. Ele terceirizou para o Legislativo e não governou”.
Sem maioria no Parlamento, o governo petista tem dificuldade para aprovar suas pautas. No início de abril, Haddad pediu ao Congresso comprometimento com as contas públicas depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desidratou a medida provisória 1.202/2023, mantendo a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e municípios de até 156 mil habitantes. Na entrevista, Haddad pediu ainda compromisso com o equilíbrio fiscal.
Pacheco, em resposta, sobre o desenvolvimento do Brasil”.
Fonte: revistaoeste