O número de greves no setor público em 2023, primeiro ano do atual mandato do presidente , superou o do mesmo período do ex-presidente Jair Bolsonaro. As informações são do , que monitora a atividade grevista em nível nacional.
Segundo levantamento da entidade, cerca de 629 greves foram registradas em 2023. No primeiro ano de Bolsonaro, em 2019, cerca de 566 — um aumento de 12% no governo petista. Segundo especialistas consultados pelo jornal O Globo, as paralisações devem se intensificar ainda mais em 2024.
Entre as greves no ano passado, apenas 12% passaram de 12 dias. Segundo o Dieese, 47% das mobilizações foram um sinal de advertência, com tempo de duração pré-estabelecido.
O cenário, no entanto, é muito diferente do que acontece na rede federal de ensino. Segundo fontes do governo, essa é a classe mais delicada, uma vez que representa a maioria do funcionalismo público — cerca de 200 mil servidores, quase 40% da máquina estatal. As instituições técnico-administrativas estão paradas há mais de 40 dias.
Além das greves na educação, o governo Lula vem sendo pressionado pelos profissionais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Servidores da Comissão de Valores Monetários (CVM), do Banco Central, do instituto chico mendes de conservação da biodiversidade (ICMBio), agropecuários e auditores fiscais também têm paralisado suas atividades.
Lideranças sindicais apontam o retorno do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder como um dos principais motivos para tanta mobilização do funcionalismo público. Eles também preveem um 2024 intenso e repleto de cobranças.
O presidente Lula afirmou durante uma reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia que os institutos federais entrarem em greve é um ótimo sinal. “Fiquei sabendo que o pessoal do instituto federal quer entrar em greve”, declarou o petista. “Ótimo. Só o fato dos [sic] caras quererem fazer greve já é bom, porque no governo passado ninguém se metia a fazer greve. Então o fato do cara falar ‘p*rra, o Lula está no governo, eu posso fazer uma grevezinha’, é ótimo.”
Fonte: revistaoeste