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Política

Governo retira projeto que propõe fim da Procuradoria de ‘Defesa da Democracia’ da pauta após votação apertada

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Por 27 votos contra 25, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu, nesta terça-feira, 18, retirar de pauta, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da dos Deputados, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 4/2023, que susta os efeitos do decreto que criou a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, na , que diz atuar no combate à desinformação.

Inicialmente, o governo havia perdido na votação da inversão de pauta, que tinha como primeiro item o PDL. Contudo, apresentaram o requerimento para retirar a proposta da e ganharam por dois votos de diferença. Durante a comissão, deputados travaram um embate a atuação da Procuradoria da Democracia. Conforme apurou , a presidente da CCJ, Caroline de Toni (PL-SC), vai incluir o PDL na pauta novamente na quarta-feira 19.

O deputado federal Kim Kataguiri (-SP), por exemplo, alegou que a portaria “extrapola” os poderes do Executivo, pois combater “desinformação”, que nem sequer estaria tipificado na Constituição ou no Código Penal. Já ala governista argumentou que o órgão não atua de ofício, mas apenas quando é provocado.

De autoria do deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE) e do então deputado Deltan Dallagnol (Novo-PR), o texto é relatado pelo também deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP). Ambos fazem parte da oposição, que chama a procuradoria de “Ministério da Verdade” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em referência ao livro 1984.

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Com seis projetos apensados, na justificativa da o deputado alega que a Procuradoria da Democracia pode ser usada para “censurar opositores do governo”. Agora a proposta precisa passar pelo plenário da Câmara.

“A ausência de definição legal sobre o conceito de ‘desinformação’ traz sérios riscos à manutenção do Estado Democrático de Direito, uma vez que abre espaço para um temerário de cerceamento da liberdade de expressão dos cidadãos, principalmente daqueles que fazem oposição ao governo”, prevê o relatório.

“É imperativo que este Congresso resguarde o primado constitucional à livre manifestação do pensamento, vedando qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”, continua o texto.

Conforme mostrou , a Procuradoria da Democracia atuou, até setembro de 2023, em 50 casos — todos relacionados a informações desfavoráveis ou críticas ao governo. Já os integrantes do governo que chamaram o impeachment de Dilma Rousseff de “golpe”, por exemplo, jamais sofreram qualquer investigação.  

, a AGU, comandada por Jorge Messias, informou querer ampliar a atuação do grupo. A intenção é criar uma rede de informações que integre, além do , os Estados e o Poder Legislativo. A ideia “é criar uma rede de defesa da democracia com essa troca de informações e a celebração de parcerias e a adoção de ações conjuntas”, informou a AGU à Folha de S.Paulo.

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Fonte: revistaoeste

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