O deu início a retirada de diplomatas que estavam espalhados em países da África. Tal ato contraria a promessa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de reforçar laços com as nações do continente.
A gestão petista, inclusive, já anunciou que ao menos nove representantes devem voltar ao Brasil até o meio do ano.
O está chamando os diplomatas de volta para o país por causa de eventos que irão ocorrer no Brasil. De acordo com representantes do governo federal, a reunião com a cúpula do G20, a COP30 e encontro do Brics irão exigir a presença dos diplomatas.
A reunião do G20, que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, está programada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Já a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, irá ocorrer em Belém, capital do Pará, em novembro de 2025. A reunião do Brics também está programada para o próximo ano.
A lista completa dos diplomatas devem retornar ao Brasil será anunciada oficialmente no dia 14 de maio.
A decisão, no entanto, não agradou os oficiais africanos, que temem a falta de representação brasileira no continente. Por lei, um diplomata tem autorização para permanecer durante 10 anos num país, desde que os últimos quatro sejam cumpridos em postos na classificação dos que estão localizados na África.
Em resposta, o Itamaraty discordou da ideia que o continente africado será prejudicado com a política de remoção dos diplomatas. O ministério apresentou uma portaria que autoriza a permanência para aqueles que querem ficar no exterior mesmo depois de acabar o tempo estabelecido. A autorização, entretanto, só vale para países selecionados.
“Dentre os 22 países abrangidos pela exceção, 13 localizam-se no continente africano, o que demonstra o esforço administrativo de reverter casos de sublotação e de atender as necessidades de postos na região”, escreveu o ministério.
Cerca de 15 embaixadas e consulados em âmbito internacional são liderados por apenas um diplomata. Desse total, 11 estão no continente africano. Um dos representantes que operam sozinho afirmou já ter sofrido ameaça de morte por ter negado o visto de uma pessoa que apresentou documentos falsos.
A nota do Itamaraty afirma que apenas oito embaixadores atuam sozinhos na África.
Gabriel de Souza é estagiário da Revista em São Paulo. Sob supervisão de Anderson Scardoelli
Fonte: revistaoeste