O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai promover neste ano o “Caminhos Amefricanos”. Trata-se de um intercâmbio para estudantes brasileiros de Instituições de ensino superior, que será realizado em Moçambique. Poderão participar do programa apenas pessoas que se autodeclaram negras, pardas ou quilombolas.
Os estudantes devem estar matriculados a partir do quinto semestre dos cursos de licenciaturas. Serão oferecidas 50 vagas.
O intercâmbio vai ser realizado na universidade Pedagógica de Maputo. O programa é uma iniciativa do Ministério da Igualdade Racial (MIR), em parceria com o Ministério da Educação () e a Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (Capes).
De acordo com o governo, o intercâmbio tem como objetivo “combater o racismo e promover a igualdade racial no Brasil”.
Será destinado R$ 1,9 milhão do dinheiro público para o programa. O intercâmbio terá duração de 15 dias.
Cada pessoa beneficiada vai receber um auxílio para o deslocamento, diárias, seguro saúde, emissão do passaporte e visto.
Em agosto de 2023, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, esteve na Universidade de Maputo, em Moçambique, para falar sobre “igualdade racial”.
Na ocasião, ela afirmou que, no Brasil, os negros são vistos como “pessoas não humanas”. “Existe uma linha tênue muito forte [sic] no Brasil que divide pessoas, majoritariamente brancas, e ‘pessoas não humanas’, que são as pessoas negras do nosso país”, disse, em seu discurso.
Fonte: revistaoeste