O governo Luiz Inácio Lula da Silva irá punir fazendeiros que provocaram incêndios criminosos no país. A medida, anunciada nesta segunda-feira, 16, pelo ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), jorge messias, visa a combater o dano climático.
“Os infratores terão de recuperar e ressarcir o patrimônio degradado, incluindo a biodiversidade, e é por isso que estamos apresentando contra esses infratores a primeira grande ação ambiental dessa ordem, no valor de R$ 635 milhões”, afirmou o ministro. “São fazendeiros que atuaram de modo irregular em uma área de preservação ambiental, que é uma floresta nacional.”
Jorge Messias também mencionou que os envolvidos foram identificados em investigações ambientais e que outras medidas serão adotadas para mitigar os impactos e prevenir novas ações. “São vidas comprometidas, biomas comprometidos e que, muitas vezes, não são recuperáveis”, destacou.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil registrou quase 50 mil focos de incêndio em setembro. Até a última sexta-feira, 13, foram contabilizados 49.266 focos.
A onda de incêndios agravou a seca e piorou a qualidade do ar no país. No sábado 14, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que apenas dois Estados não enfrentam seca atualmente.
As recentes declarações de Luciana Gatti, uma das coordenadoras do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (), causaram indignação no setor agrícola do país. No último domingo, 15, ela disse, em entrevista ao canal GloboNews, que os “agricultores causam as queimadas para melhor colher a cana-de-açúcar”.
“Os plantadores o fazem para deixar a colheita mais barata”, afirmou. Ainda segundo ela, os agricultores coordenam a ação com o objetivo de “desgastar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. Ela, no entanto, não apresentou quaisquer evidências que sustentassem tais afirmações.
Um dia depois das declarações, a Organização de associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) divulgou uma nota em que afirma serem “falsas e infundadas” as declarações de Luciana. “Demonstram, inclusive, profundo desconhecimento sobre o tema.”
A instituição também afirma que o setor está “firmemente comprometido com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente”.
Fonte: revistaoeste