O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que, ao ler um relatório internacional sobre países que “tiveram problemas com a extrema direita”, o Brasil foi aquele que se saiu melhor graças à “institucionalidade”.
“E aí tem um papel importantíssimo para o STF”, observou, durante entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, na segunda-feira 11.
Mendes citou o espectro político ao comentar propostas do Parlamento que limitam a atuação do Tribunal. Para o juiz do STF, nenhuma instituição está imune a reformas, tampouco o Supremo. “O que me surpreende, no entanto, é esse foco inicial no STF”, ponderou o magistrado.
“Nenhuma instituição está imune a reformas. O que me surpreende é esse foco inicial no Supremo Tribunal Federal. Li um relatório internacional que diz que de todos os países que tiveram problemas com a extrema-direita, o Brasil foi aquele que se saiu melhor graças à… pic.twitter.com/FSl9SkPkiU
— GloboNews (@GloboNews) March 11, 2024
Ainda na entrevista, Mendes rechaçou a possibilidade de anistiar presos pelo 8 de janeiro.
“Não é caso de se falar nisso, quando essas pessoas estão começando a cumprir pena”, disse Mendes. “O que me parece é que muitos imputam ao ex-presidente uma falta de solidariedade. Ele jogou essa gente na fogueira e foi para Miami. Parece-me que a anistia foi o tipo de mensagem para movimentar o establishment político para ter uma bandeira de anistia não para os autores intelectuais, mas para aqueles pequenos que foram envolvidos nisso.”
Conforme o decano no STF, “não tem cabimento anistia em relação a isso, são crimes extremamente graves”.
Fonte: revistaoeste