O presidente do Banco Central (), roberto campos Neto, entrou de férias nesta quarta-feira, 3. Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, vai assumir de forma interina a presidência da instituição financeira.
A indicação de Galípolo ocorre no momento em que ele é o principal cotado para assumir a vaga de Campos Neto no futuro.
O regimento interno do BC permite ao presidente da autarquia escolher um interino durante sua ausência. Desse modo, Galípolo vai ficar à frente do banco até o dia 19 de julho, período em que Campos Neto ficará afastado.
Campos Neto retornará à presidência da instituição antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros da economia brasileira, atualmente em 10,5% ao ano.
O atual presidente foi nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019. Seu mandato termina no fim deste ano.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou repetidamente suas críticas a Campos Neto. Recentemente, o petista afirmou que o presidente do BC “tem lado político” e “trabalha para prejudicar o país”.
Apesar dos embates entre os presidentes da República e do BC, Galípolo pode enfrentar um período mais tranquilo no comando interino da instituição. Espera-se que o governo anuncie medidas de contenção de gastos para cumprir as regras do arcabouço fiscal.
Na última sexta-feira, 28, Galípolo esteve na casa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo. O presidente Lula e seu ex-ministro Guido Mantega também participaram do encontro.
O jantar ocorreu justamente na semana em que o dólar subiu. A desvalorização do real se deu em virtude das críticas do presidente da República, dirigidas a Campos Neto.