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Política

Forças Armadas não podem se omitir: Mourão critica falta de atuação após operação policial

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O senador Hamilton Mourão (-RS) disse que as Forças Armadas não podem se omitir diante da operação da Polícia Federal desta quinta-feira, 8. A ação mirou o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A PF investiga uma suposta organização criminosa, que teria atuado para tentar um golpe de Estado depois das eleições de 2022.

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O ex-vice-presidente da República no governo de Jair Bolsonaro chamou a operação da PF de “devassa persecutória”. Durante sessão no Senado, Mourão disse que os militares deveriam reagir.

“Não vivemos em regimes totalitários, mas estamos caminhando para isso”, afirmou o senador. “No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrantes, ao largo da Justiça.”

Mourão ainda comentou que vê a possibilidade de o Brasil entrar em um conflito grave. “A mera observação da precipitação dos acontecimentos, cada vez mais traumáticos, indica a possibilidade lamentável de um confronto de gravíssimas consequências”, disse.

Ele ainda defendeu os manifestantes que estão sendo acusados por atos golpistas. Para o senador, a PF quer “caracterizar as manifestações da população como fruto de uma conspiração golpista, desqualificando, portanto, toda e qualquer forma de protesto contra o estado das coisas que, até 2016, tinha se instalado no Brasil”.

Polícia Federal
A Operação Foi Autorizada Pelo Ministro Alexandre De Moraes, Do Supremo Tribunal Federal (Stf) | Foto: Reprodução/Twitter/X/@Policiafederal

Na operação, a PF busca apurar suspeitas de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Ex-assessores de Bolsonaro e ex-ministros de Estado do seu governo também foram alvos.

Os mandados contra Bolsonaro e seus aliados foram expedidos no âmbito do inquérito sobre milícias digitais, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Medidas restritivas foram impostas ao ex-presidente, incluindo a proibição de deixar o país, a entrega do passaporte em 24 horas e a restrição de comunicação com os demais investigados, inclusive por meio de advogados. De acordo com o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, o passaporte já foi entregue. 

No total, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. Essas medidas incluem a proibição de contato com outros investigados, a proibição de sair do país com entrega dos passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.

A operação envolve ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro, como Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa; Heleno, ex-ministro de Segurança Institucional; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. 

Já entre os quatro alvos dos mandados de prisão estão Rafael Martins de Oliveira, Filipe Garcia Martins e Marcelo Costa Câmara.

Segundo a PF, a operação tem como objetivo “apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder”.


Nota atualizada em 8/2/2024, às 19h56.

Fonte: revistaoeste

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