O Partido da Causa Operária (PCO) se prepara para a chegada de 2024 com uma grande celebração entre camaradas. Imagens de suas festas de Ano-Novo sempre fazem sucesso nas redes sociais, graças ao seu requinte.
A festa se chama “Réveillon Vermelho” e acontece em São Paulo, capital. O site oficial do evento o descreve como “a festa mais antiga da esquerda”, com quase 20 anos de tradição.
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Ao contrário dos participantes da festa, porém, o preço do ingresso não é camarada. Cada um custa R$ 350. A organização, no entanto, garante que vale a pena o investimento.
O local onde o partido vai celebrar a chegada do ano novo é um buffet de alto padrão no bairro do Ipiranga. Na casa, costumam-se realizar casamentos, festas de debutante e confraternizações de empresas.
Tudo incluso
O ingresso é all inclusive, ou seja, garante comida e bebida à vontade. “O réveillon vai ser uma fartura de comida” garante Márcio Roberto, membro do PCO responsável pela organização da festa. “A gente quer isso para os operários.”
Roberto fez a afirmação em uma live que o Diário Causa Operária, jornal do PCO, realizou na última sexta-feira, 29. A informação (bem como a audiência) é da Gazeta do Povo.
De acordo com o organizador, o rega-bofe vai até as 3h da madrugada, e será farto. “A ceia vai ser gigante”, prometeu Roberto.
Para beber, o proletariado terá à disposição “mais de 10 tipos de cerveja”. Para quem é mais do destilado, haverá conhaque das marcas Napoleon e Macieira, antecipou o partidário do PCO.
Marx e Engels aprovariam
“É uma coisa sofisticada, da maneira que os operários merecem passar a virada de ano”, analisou. Além disso, ele garante que a festança teria lastro em ninguém menos que Karl Marx e Friedrich Engels, autores do Manifesto Comunista.
“O primeiro embrião de um partido operário marxista foi a Liga Comunista, formado por Marx e Engels”, resgatou Roberto. “E eles desde o início já faziam confraternização para comemorar o ano passado e ter energia para o ano novo.”
Banda trotskista embala o proletariado
A banda Revolução Permanente está a cargo de animar a classe operária. O nome faz referência a um conceito marxista que é mais associado a Leon Trótski, líder comunista russo a cuja linha de ação e pensamento (trotskismo) o PCO adere, em oposição ao stalinismo.
O repertório estaria 100% blindado de toda alienação burguesa. “As músicas que eles vão tocar foram selecionadas a dedo”, explica Roberto.
Rui Costa Pimenta, aliás, teria participado pessoalmente da curadoria musical. Pimenta é presidente nacional do PCO desde sempre.
Segundo a Gazeta do Povo apurou, entre os versos autorais da Revolução Permanente, incluem-se “É mesmo um verme de milico” e “A faca saiu até limpa”; referência ao golpe de faca que quase matou Jair Bolsonaro. Ídolo da banda e do partido, Leon Trótski foi morto por um golpe de picareta na cabeça, a mando de Josef Stálin.
Sorteio de prêmios, militância e opções de pagamento
Outra atração para os trabalhadores ali presentes curtirem bastante será o lançamento de uma “campanha permanente em defesa da Palestina”. O evento terá ainda sorteio de prêmios.
A classe trabalhadora pode pagar os R$ 350 por Pix, boleto ou cartão de crédito. Nesta última modalidade, é possível fazer o parcelamento em até 12 vezes, porém, com juros do sistema financeiro que a ideologia comunista do PCO defende estatizar.
Fonte: revistaoeste