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Política

Escândalo em Hortolândia: Empresa de ex-secretário municipal recebe R$ 24,4 milhões, beneficiada por Lula.

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A Arcon Engenharia e Serviços, empreiteira que seria ligada a Carlos Augusto Cesar (PSB), ex-secretário de governo da e candidato a vice-prefeito, é suspeita, segundo o site UOL, de receber . 

Com acesso privilegiado ao gabinete da Presidência da República, a Prefeitura de Hortolândia (SP) pagou R$ 24,4 milhões à empresa que teria ligações com o ex-secretário municipal, conhecido como Cafu César.

O político foi dirigente estadual do PT em São Paulo e é aliado de deputados federais de esquerda. Secretário municipal de 2017 a junho deste ano, Cafu deixou o cargo para se candidatar a vice-prefeito na chapa de Zezé Gomes (Republicanos).

Segundo o site UOL, a gestão municipal realizou, entre e 2024, pagamentos à Arcon. A cidade, que fica próxima a Campinas, está entre as seis prefeituras favorecidas por Lula com R$ 1,4 bilhão de cinco ministérios.

Conforme detalha o UOL, em maio de 2020, quando Cafu era secretário, a Arcon recebeu o primeiro pagamento da Prefeitura: R$ 49 mil para a reforma de um prédio. Imediatamente, a empresa promoveu um pedreiro a sócio da companhia.

Em janeiro de 2021, o advogado Gease Miguel assume a Secretaria de Assuntos Jurídicos de Hortolândia e, dois meses depois, seu escritório de advocacia passa a representar a empreiteira na e na Junta Comercial.

Prefeitura de Hortolândia: pagamentos milionários e obras inacabadas | Foto: Reprodução/Google
Prefeitura de Hortolândia: pagamentos milionários e obras inacabadas | : Reprodução/Google

Em outubro de 2022, Miguel deixa a Prefeitura e, em fevereiro do ano seguinte, faz uma alteração contratual na empresa. Em abril de 2023, o advogado passa a representar a Arcon em uma licitação com a Prefeitura de Serra Negra. 

Miguel volta a defender a empresa na Justiça em fevereiro de 2024. Em junho, a Prefeitura de Hortolândia paga R$ 4,7 milhões à Arcon, no que seria o maior repasse de verba em um único mês.  

Entre agosto de 2023 e abril de 2024, o Palácio do Planalto recebeu a visita de Cafu em 11 ocasiões, conforme registros oficiais. O mesmo sistema não registra nenhuma entrada do atual prefeito de Hortolândia, Zezé Gomes. Em seu canal no Instagram, Cafu divulga seus encontros com lideranças petistas, inclusive com o presidente Lula da Silva e com o ministro de Relações Institucionais, .

No ano passado, Cafu negociou R$ 50 milhões do Ministério da Saúde com o chefe de gabinete da Presidência, Marco Aurélio Santana Ribeiro, o Marcola. O então secretário comemorou, em vídeo, a “prioridade” concedida ao município.

Desde 2020, a Arcon assinou contratos para reformar escola e Unidades Básicas de Saúde, além de construções de calçadas e de vestiário esportivo em Hortolândia. 

As obras foram financiadas com verba federal, emendas parlamentares, convênios estaduais e da prefeitura. Recentemente, Hortolândia prorrogou contratos de duas obras: da UBS Jardim São Bento e do Centro da Melhor Idade. Foi Cafu quem homologou as licitações.

Segundo o UOL, a atenção o modo de consumo do político. Nos últimos três anos, Cafu fez viagens ao exterior para ver de futebol; vestiu-se com roupas de , como Dolce & Gabbana e Gucci; e comprou uma casa de R$ 1,2 milhão em Hortolândia.

Cafu também adicionou à sua garagem um carro elétrico da marca BYD. Valor: R$ 230 mil. Ele é dono, ainda, de uma Land Rover Discovery, estimada em R$ 180 mil. 

Outras extravagâncias seriam a abertura, em junho de 2023, de um estúdio de ginástica e uma academia com treinos por eletroestimulação. Há, ainda, um estúdio com bicicleta e esteira polonesas, avaliadas em R$ 380 mil.

Na prefeitura, Cafu tinha salário líquido de R$ 13 mil. O candidato a vice-prefeito, diz o UOL, omitiu bens. Até 27 de setembro, os dois carros e as academias não constavam do patrimônio informado.

Procurado pela reportagem do site, o candidato afirmou que tem “outras fontes de renda”, além dos salários do cargo público. Acrescentou que é aposentado e pensionista e que seus bens estão “declarados e são frutos de uma vida de trabalho”.

A Arcon, que está no nome do Luís Carlos Palmeira, desde 2020, afirma que começou como um negócio “pequeno, foi crescendo com inteligência e dedicação diuturna dos empreendedores” depois de “anos de trabalho duro”.

Fonte: revistaoeste

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