O deputado federal (PRD-MG) conseguiu reembolso da de gastos com bebidas alcoólicas feitos durante viagens pelo Brasil e ao exterior. Ele é o parlamentar da Casa que teve o maior gasto com alimentação neste ano.
Somente no primeiro semestre de 2024, Aihara gastou R$ 10 mil do dinheiro do contribuinte em bares e restaurantes. O amplo cardápio que ele degustou vai desde salmão e vieiras até bife de kobe e filé ao Porto. Mas, sozinha, a comida pode descer seca na garganta.
Por isso, o parlamentar pediu à câmara dos Deputados o ressarcimento de dinheiro gasto com bebidas alcoólicas, como chopes, drinques e vinhos. Nos dois últimos casos, ele conseguiu o reembolso.
Aihara afirma, porém, que houve erros técnicos de sua equipe ao solicitar o reembolso dos gastos com álcool e também da Câmara, que aceitou o pedido. Das 16 notas de bebidas apresentadas, sua equipe obteve sucesso em pedidos — um drinque e dois vinhos. Ele disse que vai cancelar os reembolso e ressarcir o Legislativo.
No entanto, ainda nas palavras do deputado, é natural que diversas viagens ocorram, já que ele é presidente de comissão e de frente parlamentar. Por lei, os deputados têm direitos a uma verba que varia entre R$ 36 mil a R$ 51 mil mensais para custos de despesas no exercício do mandato, como alimentação, transporte e aluguel de escritórios. Em um primeiro momento, o próprio parlamentar realiza o pagamento, mas pega nota fiscal e a apresenta posteriormente.
Nas notas fiscais apresentadas pelo deputado Pedro Aihara, é possível identificar viagens a oito Estados, incluindo Minas Gerais, sua base eleitoral, além de uma visita ao Japão. Em Balneário Camboriú (SC), ele degustou salmão ao molho de maracujá e vinho; em Maceió (AL), arroz de polvo; no Rio de Janeiro (RJ), onde passou o Carnaval, o cardápio incluiu vieiras grelhadas, chorizo e três chopes. A Câmara recusou o reembolso das bebidas.
Já no país asiático, Aihara experimentou o famoso bife de kobe, cujo preço supera os R$ 420. O preparo da carne nobre envolve um tratamento rigoroso do gado da Província de Hyogo, cuja alimentação envolve arroz e milho especialmente selecionados.
Em Curitiba (PR), Aihara comeu risoto de camarão e harmonizou a comida com um drinque Pharmacy Book, despesa custou aos cofres públicos R$ 114,80. A bebida é composta de uísque, rum, framboesa, vinho do Porto, limão, noz moscada e canela. Já em Minas Gerais, foi reembolsado por dois vinhos, três águas, uma sobremesa e um varal de charcutaria, em R$ 276,54.
Fonte: revistaoeste