Os advogados do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) incluíram o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), como testemunha de defesa em ação na Justiça contra o parlamentar.
Nikolas Ferreira recebeu uma denúncia da ao Supremo Tribunal Federal (STF) por injúria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante um discurso em 2023, o parlamentar mineiro chamou Lula de “ladrão”.
Seus advogados apresentaram o nome do ex-tucano Geraldo Alckmin ao protocolarem a defesa formal do parlamentar nesta terça-feira, 24. Na peça jurídica, os advogados afirmam que as declarações do cliente, com críticas a Lula, estão sob imunidade parlamentar.
Em uma fala na cúpula Transatlântica, em evento da ONU em novembro do ano passado, nos Estados Unidos, Nikolas se referiu a Lula como “um ladrão que deveria estar na prisão”.
A estratégia de defesa é usar Alckmin como exemplo por suas declarações em dezembro de 2017. Na ocasião, o atual vice-presidente disputava as eleições presidenciais contra Lula. Em campanha, Alckmin ligou o petista a vários crimes por corrupção.
“Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção sem compromisso com as questões de natureza ética e sem limites”, disse Alckmin, ao assumir, na época, a presidência do PSDB.
Os advogados de Nikolas argumentam que, no campo político, é comum os ânimos exaltados e os excessos linguísticos. A defesa diz que o atual vice-presidente, “em tempos não tão remotos”, chegou a estabelecer relações entre o atual presidente “com o mundo do crime, em diversos momentos”.
Além de Geraldo Alckmin, os advogados de Nikolas Ferreira arrolaram outras testemunhas de defesa. Entre elas estão o ex-presidente Michel Temer (MDB), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas) e o deputado federal Luís Tibé (avante-MG).
Fonte: revistaoeste