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Política

Decreto de Lula levanta preocupações sobre independência das agências reguladoras

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Um decreto publicado pelo presidente Luiz Inácio da Silva, no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 21, gerou temores sobre possíveis interferências na autonomia das agências reguladoras.

O decreto estabeleceu a “Estratégia Regula Melhor”, que pretende “difundir boas práticas”, conforme o , instituído em outubro de 2023. Um comitê gestor pretende implementar mudanças em várias áreas do governo.

Assinaram o documento o presidente e o vice-presidente Geraldo Alckmin, na terça-feira 20, mesmo dia em que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Silveira enviou um ofício ao diretor-geral do óão, Sandoval Feitosa, em que ameaça intervir se a agência não concluir análises importantes. Feitosa, por sua vez, declarou que a Aneel é independente, e não um braço do governo.

De acordo com a de S.Paulo, a simultaneidade do decreto e do ofício gerou preocupações no setor. O jornal afirma que, desde o início do governo, houve rumores sobre a possibilidade de o de Contas da União (TCU) invalidar a permanência do diretor-geral da Anatel, o que influenciaria outras agências, como a Aneel.

Recentemente, o TCU arquivou o caso, mantendo Feitosa no cargo. A diretoria da Aneel tem uma vaga em disputa após a aposentadoria de Hélvio Guerra, indicado pelo MDB.

A do Ministério de Minas e Energia à Aneel também mencionou a demora na regulamentação da nova governança da de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), cuja estrutura foi alterada em dezembro do ano passado.

Ainda segundo a Folha, o governo pode indicar o presidente e três conselheiros, mas depende da da Aneel. O diretor Ricardo Tili é o relator do processo.

Jerson Kelman, ex-diretor-geral da Ana e da Aneel, disse ao jornal que embates entre agências e governos são recorrentes. Em 2003, a Casa Civil quase extinguiu as agências. Kelman afirma que a independência das agências é crucial para garantir a segurança dos contratos de concessão. O governo insiste que a mudança busca agilizar processos e reduzir custos.

Fonte: revistaoeste

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