O deputado federal Zucco (pl-RS) apresentou um requerimento à Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República, solicitando que o órgão avalie a conduta da primeira-dama Janja e do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
No documento, protocolado na terça-feira 19, o parlamentar argumentou que Janja e o ministro de Lula teriam infringido normas éticas depois de declarações públicas durante a Cúpula do G20, gerando repercussão negativa internacional.
O episódio citado por Zucco na comissão ocorreu durante o Festival Aliança Global Contra a fome e a Pobreza, mais conhecido como “Janjapalooza”. A mulher de Luiz Inácio Lula da Silva usou palavras de baixo calão, em inglês, para se referir a Elon Musk. Disse não ter medo do empresário e, rindo, acrescentou: “Fuck you”.
Em meio à repercussão negativa a nível nacional e internacional, o ministro Paulo Teixeira saiu em defesa de Janja. “A verdade é que a Janja falou o que estava preso nas nossas gargantas”, afirmou. “Esse é o sentimento sobre Elon Musk e sua interferência negativa na política internacional.”
Zucco citou os dois episódios em documento protocolado na comissão, em que solicita a abertura de um procedimento disciplinar contra a primeira-dama e o ministro Paulo Teixeira.
“Temos uma estreita relação diplomática e comercial com os Estados Unidos”, disse Zucco. “Uma declaração dessa natureza pode trazer prejuízos incalculáveis a partir do momento em que o novo governo assumir”.
Em relação a Paulo Teixeira, o parlamentar afirmou que “ele também merece ser repreendido por afirmar que ‘Janja disse o que estava preso na garganta nas nossas gargantas’. Falta educação e inteligência emocional para esse governo.”
O deputado federal Zucco encaminhou o ofício ao presidente da Comissão de Ética Pública, Manoel Caetano Ferreira Filho. Argumentou que as declarações de Janja e de Paulo Teixeira “violaram” normas éticas.
“As manifestações públicas mencionadas, proferidas em um ambiente de extrema relevância internacional, podem impactar diretamente questões diplomáticas fundamentais para o Brasil, afetando não apenas nossas relações com outros países, mas também o cenário econômico, investimentos internacionais e a imagem institucional da nação perante a comunidade global”, afirmou.
Zucco disse que, ao considerar “a posição de destaque dos envolvidos, torna-se imprescindível avaliar se tais atos violam normas éticas ou comprometeram princípios de responsabilidade e prudência, especialmente no que tange ao interesse público”.
Fonte: revistaoeste