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Política

Chefe da Abin de Lula é ‘investigado’ em inquérito da Polícia Federal, aponta jornal

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Documentos sigilosos obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo mostram que o atual diretor-geral da , Luiz Fernando Corrêa, foi citado em ao menos quatro relatórios sobre o suposto esquema de arapongagem ilegal no governo do ex-presidente . As informações foram publicadas nesta segunda-feira, 11.

Um dos relatórios da investigação da Polícia Federal (PF) se refere a Corrêa como “investigado”. Os documentos estão inseridos na investigação sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do . 

Até agora, as decisões de que foram tornadas públicas reproduzem manifestações da PF sobre no sentido de que a atual gestão da Abin tomou atitudes que atrapalharam as apurações, mas o ministro não fez nenhuma menção direta a Corrêa.

. Ele é um antigo auxiliar do presidente e foi diretor-geral da PF no primeiro mandato do petista. Em uma entrevista recente, Lula reafirmou manter a confiança no chefe da agência de inteligência.

“O companheiro que indiquei para ser diretor-geral da Abin é um companheiro que foi meu diretor-geral da PF entre 2007 e 2010”, disse Lula, em entrevista à rádio CBN de Recife. “É pessoa que tenho muita confiança.”

A Abin está no foco de investigação da PF desde março do ano passado. Foi quando veio à tona a informação de que a gestão Bolsonaro supostamente usou o programa FirstMile para investigar adversários políticos, por meio de localização geográfica.

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Antes De Ser Nomeado, Chefe Da Abin Disse Que Gestão Deveria “Antecipar As Preparações”. | Foto: Divulgação/Usp

O primeiro documento é um relatório da Divisão de Contrainteligência Policial, datado de 3 de novembro de 2023, 14 dias depois da primeira operação da PF no caso. Ele aborda Corrêa e seu ex-número 2, Alessandro Moretti.

O relatório, informa a Folha, inclui a “qualificação dos investigados” com fotos, data de nomeação na Abin e informações pessoais. O documento destaca que Moretti foi exonerado depois da segunda operação da PF, em janeiro. Na época, ele disse a funcionários da Abin que as investigações tinham motivação política.

O segundo documento, de 11 de janeiro, trata do depoimento de Corrêa na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso, ocorrido em 25 de outubro de 2023.

No relatório, foi destacada uma nota da União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis), em que a associação critica falas do diretor-geral da PF sobre “ação institucionalizada de arapongagem ilegal”. A Intelis afirmou que “o desvio de poucos não pode ser atribuído à totalidade dos servidores” e defendeu o “uso adequado” do software FirstMile.

O terceiro documento contém uma análise de materiais apreendidos na primeira operação. Foram analisados uma agenda de anotações e um grupo de WhatsApp. Com base no que foi encontrado nos artefatos, a PF concluiu que Corrêa participou de reuniões da diretoria da Abin antes de sua nomeação como diretor-geral.

Já o quarto documento é a análise do celular de Paulo Maurício Fortunato, que foi o número 3 da agência, apreendido na operação de outubro. O relatório apresenta mensagens de um grupo de WhatsApp que estava ativo desde janeiro de 2023, quando o atual diretor-geral já havia sido escolhido para o cargo.

Corrêa, em uma mensagem de 8 de fevereiro, disse que Lula não formalizaria a indicação naquele dia, sugerindo antecipar a preparação das ações de início de gestão. A conclusão foi a mesma do documento anterior: o diretor-geral da Abin participou de reuniões da diretoria antes de sua nomeação.

Fonte: revistaoeste

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