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Política

CGU não identifica responsável por fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro: atualização do caso.

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A Controladoria-Geral da União (CGU) encerrou a investigação sobre a fraude no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro e concluiu que houve adulteração, ou seja, Bolsonaro não foi vacinado contra covid-19, e a inserção de dados sobre uma dose da vacina ministrada em uma unidade básica de saúde (UBS) em São Paulo é fraudulenta. Entretanto, o da CGU não indicou os responsáveis pela fraude.

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Consta no cartão de vacinação de Bolsonaro uma dose em 19 de julho de 2021, que teria sido aplicada na unidade básica de saúde (UBS) Parque Peruche, em São Paulo. Documentos demonstraram que, nessa data, Bolsonaro estava em Brasília.

Além disso, o lote da vacina Janssen inscrito no cartão do ex-presidente nem tinha sido fabricado naquela data (só seria produzido em 21/10/2020). “Logo, não poderia o Sr. Bolsonaro ter recebido tal imunizante nessa data naquele local”, conclui o relatório da CGU.

Esse dado da imunização em julho em São Paulo que foi inserido no VaciVida, sistema de vacinação do Estado de São Paulo, em 14/12/2021.

“O registro foi inserido no Sistema VaciVida em 14/12/2021, ou seja, antes da individualização do acesso. E isso dificultou (se não, impossibilitou) que se chegasse a uma conclusão sobre quem efetivamente teria feito o registro da vacinação do Sr. Bolsonaro. Em outras palavras, qualquer pessoa com o login e a senha de acesso da UBS Parque Peruche pode ter feito essa inserção”, afirmou a CGU, no relatório.

Em razão disso, a CGU recomendou o arquivamento da investigação “por ausência de elementos mínimos acerca da autoria dos fatos”. Entretanto, como a Polícia Federal investiga outras duas doses de vacina contra a covid inseridas no cartão de Bolsonaro, o órgão afirma que a investigação poderia ser reaberta “caso as provas eventualmente recebidas indiquem o possível envolvimento de agente com vínculo com o poder público federal”.

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A Controladoria sugere o encaminhamento do relatório ao Ministério da Saúde, à Secretaria Estadual de São Paulo e à Secretaria Municipal de São Paulo para conhecimento e adoção de eventuais providências.

Mauro CidMauro Cid
O Tenente-Coronel Mauro Cid, Ex-Ajudante De Ordens Do Ex-Presidente Jair Bolsonaro, Durante Seu Depoimento À Cpi Do Df – 24/8/2023 | Foto: Câmara Legislativa Do Distrito Federal

As duas outras doses foram registradas nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022, em Duque de Caxias (RJ).

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A partir de uma investigação preliminar da CGU, a Polícia Federal — com , do Supremo Tribunal Federal (STF) — deflagrou uma operação em maio do ano passado para prender o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e outras seis pessoas. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente.

Fonte: revistaoeste

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