O candidato à Prefeitura de São Paulo (Psol) comemorou sua ida para o segundo turno contra o atual prefeito, (MDB). Na noite deste domingo, 6, fez um pronunciamento ao lado de sua vice, Marta Suplicy (PT) e das ministras Marina Silva (Meio ambiente) e Sonia Guajajara (Psol).
“A maioria do povo de São Paulo votou pela mudança e, agora, nesse segundo turno, é isso que vai está em jogo”, declarou Boulos. “Se você acha que São Paulo é uma cidade segura, que está com o SUS bem, com a saúde em dia, então você concorda com o adversário. Mas se quer mudar, vem comigo e com a Marta.”
O psolista disse ter chegado ao segundo turno com apoio “da periferia”, mas que também quer “dialogar com aqueles e aquelas que não votaram com a gente”. Declarou que quer uma cidade com maior “justiça social e humanidade para todos”.
“Você que não mora na periferia, eu vou te fazer um pedido, que é colocar a sua mão na consciência”, falou. “Uma cidade mais segura precisa ser mais justa e equilibrada. Nosso projeto é uma cidade para todos, mais humana, mais sustentável, que nos coloque ao lado de metrópoles globais e que nos resgata o orgulho de sermos paulistanos.”
Ainda durante seu discurso na noite deste domingo, 6, Guilherme Boulos teceu críticas a Nunes e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Aproveitou para ressaltar que é o candidato apoiado pelo presidente luiz inácio lula da silva.
“Do lado de lá temos o candidato apoiado por Bolsonaro”, disse. “Aquele que acredita que Bolsonaro fez tudo certo na pandemia, que se colocou contra a vacina, o qual acredita que o 8 de janeiro foi um desencontro de histórias e não tentativa de golpe.”
Boulos também usou o discurso para falar do vice de Nunes, o coronel aposentado da Polícia Militar Ricardo de Mello Araújo — indicado por Bolsonaro na chapa.
“Temos um coronel que acha que deve se tratar diferente as pessoas que moram na periferia dos que moram em bairros nobres, como o Jardins”, argumentou o psolista. “Nós não acreditamos nisso”, acrescentou.
“Aqui está o time que resguardou a democracia. Temos Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, a ministra Marina Silva e todos aqueles que há 2 anos se juntaram para ganharmos as eleições aqui em São Paulo”, afirmou.
Boulos disse que, agora, haverá uma “comparação de trajetórias”. Declarou que Nunes vai ter “dificuldades em dizer o que fez no verão passado, a sua relação com o crime organizado e com o tráfico de drogas”.
“Vai ter de dizer como colocou o crime organizado no comando da prefeitura. Mas também vai ter que responder sobre o boletim de violência contra a mulher. Vai ter de falar o que fez e não fez”, disse.
Fonte: revistaoeste