Por meio de suas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou sobre o incidente com um homem-bomba na Praça dos Três Poderes, em Brasília, ocorrido na noite da quarta-feira 13. Bolsonaro lamentou o ocorrido e disse que repudia todo ato de violência.
“Tudo indica que o ato foi isolado e causado por perturbações na saúde mental da pessoa que, infelizmente, acabou falecendo”, afirmou Bolsonaro. “É um acontecimento que nos deve levar à reflexão.”
– Pela pacificação,
– Lamento e repudio todo e qualquer ato de violência, a exemplo do triste episódio de ontem na Praça dos Três Poderes. Apesar de configurar um fato isolado, e ao que tudo indica causado por perturbações na saúde mental da pessoa que, infelizmente, acabou…
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 14, 2024
Para o ex-presidente, é necessário que o Brasil volte a cultivar um ambiente adequado para o confronto saudável de ideias. “A defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação”, acrescentou.
Bolsonaro ainda fez um apelo para que “todas as correntes políticas” e suas instituições nacionais deem os passos necessários para o avanço da pacificação no país. “Quem vai ganhar com isso não será um ou outro partido, líder ou facção política. Vai ser o Brasil”, completou.
Na noite anterior, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, se explodiu em frente à fachada do Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, Bolsonaro ainda não era da sigla.
O ex-secretário de Comunicações Fabio Wajngarten e o ex-chefe da Casa Civil Ciro Nogueira também comentaram o incidente. Assim como Bolsonaro, eles classificaram o incidente como um ato isolado.
Wajngarten acredita que, no momento, não é correto tentar associar o autor das explosões a uma via ideológica específica. Para ele, esse tipo de tentativa é “canalhice e perseguição”.
“Tem malucos em todos os lugares, em todos os espectros políticos […] Tem maluco que prefere facas, tem maluco que prefere bombas”, disse Wajngarten. “Adjetivar, generalizar e associar é canalhice e perseguição.”
Ciro Nogueira, por sua vez, afirmou que a democracia está “em pleno funcionamento” no Brasil e disse que a explosão em frente ao STF deve ser tratada pelo que é: um ato de loucura. Na publicação, também disse que espera que as autoridades elucidem o caso.
Na noite da quarta-feira, um homem identificado como Francisco Wanderley Luiz detonou uma bomba em um carro estacionado perto da Câmara dos Deputados e, na sequência, fez um ataque suicida em frente ao Supremo Tribunal Federal: ele explodiu uma bomba no próprio corpo e morreu no local.
Depois da explosão, a sessão da Câmara foi suspensa pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que estava no exercício da presidência, e o prédio foi evacuado.
Fonte: revistaoeste