O presidente do , Luís Roberto Barroso, criticou “populismos autoritários” de esquerda e direita no mundo, nesta segunda-feira, 4, durante uma palestra na PUC-SP.
Conforme o ministro do STF, essa “onda” anti-institucional e antiplural vem causando “erosão na democracia”.
Barroso disse ainda que, embora o processo ocorra nos dois espectros políticos, “os riscos” estão vindo “mais intensamente dos populismos de direita, com suas manifestações de racismo, xenofobia, misoginia e antiambientalismo”.
“Uma das marcas do populismo autoritário de qualquer matiz é a divisão da sociedade: ‘nós e eles’”, disse o presidente do STF. “‘Nós, o povo puro e conservador, e eles, as elites cosmopolitas progressistas e cosmopolitas’. Nada é pior que dividir a sociedade em rótulos. A democracia é plural.”
Barroso observou que as “estratégias do populismo autoritário”, recentemente, se deram por meio das redes sociais, em virtude da facilidade da comunicação com as massas. De acordo com o ministro, a retórica desse grupo é antisistema e contrário a instituições, sobretudo as Cortes supremas e tribunais superiores eleitorais.
O juiz do STF destacou a Hungria e Polônia como países onde houve um suposto esforço para se intimidar ou controlar a Justiça com “juízes submissos que viram linhas auxiliares”.
Fonte: revistaoeste