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Política

Avallone pede envolvimento da Assembleia no combate aos incêndios criminosos

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O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente na Assembleia Legislativa, defendeu que a Casa de Leis se mobilize contra incêndios criminosos identificados em Mato Grosso. O parlamentar lembrou que nos últimos dias 17 pessoas foram presas em flagrante por queimadas criminosas no estado.

Durante reunião nesta quarta-feira no Colégio de Líderes da Assembleia,  na presença de representantes dos Bombeiros e da Sema, o deputado Avallone fez um resumo das ações que vêm sendo feitas para prevenir e combater os incêndios. A Comissão de Meio Ambiente tem feito um trabalho de interlocução com os órgãos públicos municipais, estaduais e federais e junto aos produtores rurais, pantaneiros, comunidades indígenas, assentamentos, ongs e instituições de defesa do meio ambiente.

“Há um ano Mato Grosso já tem feito um trabalho de preparação para combater incêndios, sob a coordenação da Comissão de Meio Ambiente, mas é preciso um esforço de conscientização para combater queimadas criminosas e uma legislação mais severa para este tipo de crime”, defendeu Avallone.

“Instalamos vários poços artesianos na Transpantaneira, para atender os Bombeiros e os animais afetados pela seca e incêndios, há diversas equipes da Sinfra fazendo aceiros para conter o fogo no Pantanal e outras regiões, centenas de brigadistas foram contratados e treinados. Muitos instrumentos de respostas estão preparados para os incêndios, mas enquanto alguns irresponsáveis e criminosos continuarem queimando isso será sempre um problema. Está havendo muito incêndio criminoso”, comentou.

Segundo o deputado, em Chapada dos Guimarães foram identificados três incêndios criminosos em um dia. “No interior do estado, a mesma coisa. Dezessete pessoas já foram presas em flagrante queimando, colocando fogo. Isso é um crime que não podia ser afiançável, um crime muito grave e a lei deve ser mais rígida”, defendeu o deputado.

O deputado garantiu ainda que a Assembleia deve se mobilizar e encontrar alternativas para debater uma legislação mais rígida. “Vamos trabalhar neste sentido. Buscar formas pela Assembleia Legislativa de melhorar essa questão da legislação, embora seja um assunto do , que deve ser tratado no Congresso Nacional. Mas vamos ver como podemos fazer isso aqui também nas legislações estaduais”.

Avallone também cobrou mais apoio do governo federal, o que deve acontecer após a decisão do ministro do STF Flávio Dino que  autorizou o governo federal a emitir, até o final de 2024, créditos extraordinários da meta fiscal para ações de combate aos incêndios florestais que afetam 60% do território nacional. A decisão de Dino veio dias depois do ministro ter determinado que o governo federal convocasse mais bombeiros militares para reforçar o efetivo da Força Nacional no combate às chamas. O documento também aponta para a “ampliação do número de aeronaves, mediante emprego nas Forças Armadas, bem como contratação ou requisição junto ao setor privado”.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente disse que o Estado solicitou ao governo federal um aporte de R$ 18 milhões para compra de mais equipamentos de combate aos incêndios, mas o governo deve liberar apenas R$ 8 milhões, o que é pouco diante das necessidades de Mato Grosso. “Vamos continuar insistindo com esta solicitação, que será reforçada hoje (19) pelo governador Mauro Mendes em reunião no STF com autoridades federais e outros governadores”, disse Avallone.

Incêndios criminosos

No início deste mês, um fazendeiro foi multado em R$ 50 milhões por ter causado um incêndio que devastou mais de 7.500 hectares de vegetação nativa do Pantanal, em Poconé, a 103 km de Cuiabá, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A área destruída equivale a 10.500 campos de futebol.

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