A cooperativa Unimed Cuiabá anunciou que não está mais comercializando planos de saúde para pessoas físicas. A medida entrou em vigência desde o dia 1º de outubro. Segundo informações, atualmente há perspectiva de retomada da comercialização. A informação é fornecida pela Central de Vendas aos interessados em adquirir plano de saúde.
Agora, o plano de saúde só é comercializado para empresas privadas, Microempreendedores Individuais (MEIs) ou outras modalidades de trabalhadores na modalidade Pessoa Jurídica (PJ).
De acordo com a assessoria de imprensa da Unimed Cuiabá, a cooperativa suspendeu oficialmente, por decisão administrativa, o plano Unimed Fácil. Contudo, a direção cooperativa não emitiu nenhum comunicado oficial.
Na última semana de setembro, houve um disparo de mensagens via WhatsApp pelos vendedores de planos que a oportunidade para pessoas físicas aderirem a um plano de saúde da Unimed seria no dia 30 de setembro, com a obrigatoriedade de pagamento da primeira parcela até o dia 15 de outubro.
A suspensão da comercialização dos planos às pessoas físicas ocorre após vir à tona, em junho deste ano, uma auditoria independente, contratada pela Unimed Cuiabá, que identificou um “rombo” de R$ 400 milhões nas contas da cooperativa médica. O prejuízo seria referente a contratos abusivos, sonegação fiscal e adiantamento de pagamento a prestadores de serviços, realizados na gestão anterior da cooperativa.
As inconsistências contábeis foram descobertas após fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que, por reiteradas vezes, questionou os números apresentados pela gestão do ex-presidente Rubens de Oliveira e não obteve respostas.
Os indícios de fraude foram apontados por dois conselhos fiscais da Unimed Cuiabá nos anos de 2021 e 2022. De acordo com a auditoria, Rubens de Oliveira, o ex-presidente do Conselho de Administração, João Bosco Duarte, e o ex-CEO Eroaldo Oliveira, teriam omitido informações para os conselheiros fiscais, em desacordo com o estatuto da cooperativa.
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Fonte: unicanews
