A Unidade de Acolhimento Manoel Miraglia, conhecida como “Casa Waraó”, enfrenta um surto de tuberculose entre os imigrantes venezuelanos abrigados. Conforme denúncia feita ao , dos 118 moradores, 46 estão contaminados com a doença. Além dos imigrantes, quatro servidores também testaram positivo. A Secretaria Municipal de Assistência social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência, responsável pela administração do equipamento, negou. No entanto, documentos obtidos com exclusividade pelo apontam a contaminação.
Uma fonte afirmou à reportagem que o surto começou quando uma venezuelana com tuberculose foi abrigada sem passar por testes. A mulher chegou a vomitar sangue e, embora estivesse bastante debilitada, nenhuma medida emergencial foi adotada, como o isolamento.
Quando outros abrigados começaram a apresentar sintomas, a Secretaria de Assistência Social foi notificada e organizou uma força-tarefa para exames em outubro.
“Aproveitamos a oportunidade para destacar a importância da avaliação de contato de pacientes em tratamento para tuberculose. Assim, estaremos promovendo uma ação para a aplicação da prova tuberculínica em 20 acolhidos”, explica trecho de comunicado encaminhado à “Casa Waraó”.
O abrigo tem 46 moradores entre 0 e 11 anos; 19 acolhidos com idade entre 12 e 18 anos; 51 entre 19 e 59 anos; e dois com mais de 60 anos. O maior número de contaminados está entre os adultos.
Segundo a denúncia, os acolhidos se aglomeram entre os poucos quartos da “Casa Waraó”. Eles dormem em colchões no chão, enfileirados um do lado do outro, sem condições de higiene, uma vez que, conforme a denúncia, no local faltam insumos básicos, como sabão e papel higiênico.
Por meio de nota, a Secretaria de Assistência Social negou o surto de tuberculose, mas admitiu que um venezuelano foi acolhido com a doença, no entanto, os servidores não tinham essa informação ao recebê-lo.
“Por isso, foi necessária uma ação conjunta com a Saúde para identificar e medicar as pessoas que tiveram contato com a bactéria. No entanto, até o momento, não há casos de pessoas apresentando sintomas”, explicou a Pasta ao .
Quanto as condições ofertadas para o tratamento dos imigrantes, a secretaria afirmou que “todas as medidas necessárias estão sendo tomadas em parceria com a equipe de Saúde”.
“Em relação à suspeita de casos de tuberculose entre os indígenas venezuelanos da etnia Warao, acolhidos na Unidade Manoel Miráglia, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência informa que:Todas as medidas necessárias estão sendo tomadas em parceria com a equipe de Saúde;Uma pessoa foi acolhida sem que nos fosse informado que estava em tratamento para tuberculose. Por isso, foi necessária uma ação conjunta com a Saúde para identificar e medicar as pessoas que tiveram contato com a bactéria. No entanto, até o momento, não há casos de pessoas apresentando sintomas“.
Fonte: hnt