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Psicóloga explica: acolhimento e escuta na prevenção do suicídio.

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A prevenção ao suicídio é um desafio complexo que exige atenção, empatia e ação de todos nós. Segundo a psicóloga Annie Emmanuely Vendruscolo Bassan, a prevenção começa com a escuta atenta e sem julgamentos. “Um sujeito que pensa em suicídio busca aliviar-se da dor. O que ele precisa é de um ‘lugar seguro’ para falar dessa dor”, explica.

Embora não haja um padrão típico de comportamento para identificar alguém em risco de suicídio, há sinais que podem indicar a necessidade de atenção, como discursos sobre querer morrer, isolamento social, aumento do uso de substâncias e mudanças incomuns de comportamento. Annie ressalta que, embora cada indivíduo seja único, é importante estar atento a esses sinais e oferecer um espaço de acolhimento.

Durante a campanha Setembro Amarelo, a conscientização sobre esses sinais e a promoção de conversas abertas sobre o suicídio ganham destaque. “O suicídio ocorre por uma questão multifatorial, incluindo histórico familiar, traumas, conflitos nas relações e outros fatores difíceis de serem falados”, explica a psicóloga.

Para prevenir o suicídio, é fundamental oferecer uma escuta empática e orientar a pessoa a procurar ajuda profissional, como psicólogos e psiquiatras. “Escutar não é simples, mas pode ser um importante passo para se transformar, ressignificar uma vida”, afirma Annie. A campanha Setembro Amarelo é um lembrete de que todos nós podemos e devemos agir para ajudar aqueles que estão sofrendo, promovendo um ambiente onde o diálogo sobre o suicídio não seja tabu, mas uma prática necessária e salvadora.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma rede essencial de apoio emocional e prevenção ao suicídio. Carlos Eduardo Latterza de Oliveira, voluntário do CVV no Posto Cuiabá, destaca a importância do serviço na capital mato-grossense, que se integra a uma vasta rede de mais de cem postos espalhados por todo o Brasil. Com atendimento gratuito, sigiloso e disponível 24 horas por dia, o CVV oferece um ombro amigo para quem precisa conversar em momentos de crise.

Ele enfatiza a relevância do Setembro Amarelo, uma campanha que visa quebrar o tabu em torno do suicídio e promover a valorização da vida. “Divulgar informações de forma responsável é crucial”, afirma.

O CVV oferece três canais principais para quem busca ajuda: o telefone 188, que é o mais procurado, além de chat e e-mail. “A pessoa pode conversar de forma sigilosa, anônima e gratuita com um voluntário, disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano”, explica Carlos Eduardo. Esses canais permitem que as pessoas expressem suas dores, sejam elas relacionadas à solidão, perda, depressão ou outros problemas emocionais.

O posto de Cuiabá, assim como todos os postos da rede, permanece à disposição para ouvir e ajudar quem precisa, lembrando a todos que ninguém está sozinho, e que sempre há alguém disposto a escutar.

Fonte: hnt

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