– O diretor da Escola Estadual Padre João Panarotto, em Cuiabá, Elson Bosco Ojeda, teve a prisão mantida pela Justiça nesta quinta-feira (31). A decisão foi tomada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis neto, do Núcleo de audiência de custódia, após Ojeda ser detido durante a operação “Lobo Mau”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo.
Ojeda, que é professor de história e servidor efetivo do estado, é suspeito de integrar uma rede de pedofilia envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil.
Em resposta, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que o professor foi imediatamente afastado de suas funções na escola e que outras providências serão adotadas conforme o andamento do caso.
Ao decidir pela manutenção da prisão preventiva, o juiz Geraldo Fidelis destacou a gravidade dos crimes atribuídos ao diretor e a necessidade de proteger a ordem pública. “A paz social e a tranquilidade, que são objetivos primordiais do Estado, seriam prejudicadas caso o acusado permanecesse em liberdade”, afirmou o magistrado, justificando que as provas apontam para a “extrema gravidade” dos fatos investigados. Segundo o juiz, medidas cautelares alternativas à prisão seriam insuficientes, dadas as evidências contra Ojeda.
Operação Lobo Mau
A operação “Lobo Mau”, conduzida pelo Gaeco de São José do Rio Preto (SP) em parceria com a Polícia Civil paulista, visa desmantelar uma rede criminosa que se disfarçava de menores de idade para induzir crianças e adolescentes a produzir e compartilhar conteúdos de abuso sexual.
Durante a investigação, foram apreendidos 13 HDs externos, celulares e outros dispositivos eletrônicos com material de exploração infantil, armazenados e comercializados por meio de aplicativos de mensagens como WhatsApp, Telegram, Instagram, Signal e até em jogos online, como roblox.
Em uma análise inicial dos equipamentos apreendidos, a perícia criminal encontrou evidências de conteúdo ilegal armazenado. As autoridades acreditam que o grupo operava em várias plataformas digitais, criando perfis falsos para atrair e manipular menores.
Até o momento, 23 prisões foram realizadas em Mato Grosso e em outros dez estados. As autoridades continuam investigando o alcance da rede e a participação de outros suspeitos no esquema.
Fonte: odocumento