Conteúdo/ODOC – O ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a prisão de João Paulo Dorini, apontado como uma liderança ativa no Comando Vermelho e ocupante do cargo de disciplina dentro da organização. Dorini foi preso por ter disponibilizado o veículo utilizado por Wenderson Silva Souza e Jardel Santos para perpetrar o assassinato de Higor Gabriel Lopes da Silva, um adolescente de 16 anos, e seu filho recém-nascido, Kennedy Gabriel da Silva.
De acordo com as investigações, Higor, um ex-membro do CV, teria revelado informações sobre o esquema de drogas da facção, o que teria sido o motivo para sua execução. Considerado um informante, foi alvo de doze tiros, enquanto seu bebê foi atingido duas vezes.
Embora João Paulo Dorini tenha alegado que apenas emprestou o veículo para terceiros e não tinha conhecimento do propósito homicida, registros indicam que ele estava ciente de seu envolvimento com a facção criminosa e ocupava uma posição de liderança como disciplinador dentro do CV.
Apesar de ter impetrado três habeas corpus na segunda instância para ser libertado, todos foram negados. Em sua apelação ao Superior Tribunal de Justiça, argumentou que seu direito à liberdade estava sendo violado e que a ordem de prisão preventiva carecia de fundamentação adequada.
Entretanto, ao examinar o pedido, o ministro constatou que não havia base legal para a solicitação e que a decisão de mantê-lo preso estava de acordo com a lei. A ordem de prisão em primeira instância foi emitida visando garantir a ordem pública, levando em consideração o histórico de João Paulo e sua participação em atividades criminosas, incluindo o planejamento de um duplo homicídio, inclusive contra uma criança de apenas um ano de idade.
Diante desses fatos, o ministro rejeitou a liminar, considerando as circunstâncias que autorizam a decretação e manutenção da prisão preventiva de João Paulo Dorini. Ele permanece detido desde novembro de 2022.
Fonte: odocumento