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Mendes cobra punição rigorosa para crimes ambientais no Pantanal: ‘Leis frouxas não podem mais ser toleradas’

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À jornalistas nesta segunda-feira (15), o governador Mauro Mendes (UB) voltou a criticar as leis com relação ao desmatamento e as punições que poderiam, de fato, impedir a reincidência destes tipos de crimes. Ao se referir à reportagem exibida no programa Fantástico, da TV Globo, neste último domingo(14), ao mostrar o caso do  pecuarista Claudecy Oliveira Lemes que utilizou 25 agrotóxicos diferentes, alguns conhecidos como agente Laranja usado pelos americanos na guerra do Vietnã, nas suas 11 fazendas no município de Barão de Melgaço, em Mato Grosso. Ao todo mais de 80 mil hectares de área pantaneira.

“As leis brasileiras são frouxas e não estratégicas em algumas áreas, assim, não produzem resultados. Os resultados na área de combate ao desmatamento têm sido poucos […] Isso mostra que a lei não está alcançando seu objetivo, a multa não está resolvendo. Precisamos adotar medidas com mais efetividade. Mato Grosso tem se esforçado para fazer cumprir as multas, mas é necessário um tempo para estabelecer uma abordagem mais eficaz Todos os anos o governo de Mato Grosso investe milhões neste combate, e em campanha de conscientização”, desabafou.

Para Mendes, punições mais duras podem inibir a longo prazo a prática destes crimes.

“Ao invés de ter mil multas teríamos uma ou duas realmente duras, porque aí quando a pessoa vê que é pra valer, porque com uma pena tão dura as pessoas param de praticar esse crime”, completou.

Mauro ressaltou que todos os anos o estado investe mais de R$ 70 milhões para o combate de crimes ambientais, no entanto, esses investimentos não apresentam resultados porque existem legislações que não possuem estratégias inteligentes.

“A multa não está resolvendo, por isso, defendo que nós temos que mudar essa estratégia para que possamos ter mais efetividade. O estado tem sido bastante operante para fazer cumprir essas multas, temos que fazer dentro daquilo que estabelece a lei, garantir direito de defesa, em primeira instância, vão para o conselho, mas depois que é confirmado em segunda instância, eles judicializam. Uma multa judicializada pode demorar anos e anos nos corredores, nas filas dos processos judiciais desse país”, completou.

Fonte: obomdanoticia

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