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Justiça nega devolução de carro de advogado acusado de ser “laranja” do tesoureiro do CV: entenda o caso

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Conteúdo/ODOC – A Justiça negou pedido para restituir um veículo HR-V EXL do advogado Jonas Candido Silva, que foi apreendido no bojo da Operação Apito Final, deflagrada em abril deste ano pela Polícia Civil de Mato Grosso. A decisão é assinada pelo juiz João Filho de Almeida Portela , da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta quarta-feira (21).

A operação apura um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas fomentado, especialmente, na região do Jardim Florianópolis, em Cuiabá, e orquestrado por Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como WT. Ele é apontado como “tesoureiro” de uma facção criminosa no Estado.

O advogado chegou a ser preso na ação apontado como “laranja “de Paulo Witer. Ele foi solto recentemente por decisão do Tribunal de Justiça.

No pedido, ele alegou  que o veículo sobredito “não possui qualquer relação com a investigação realizada”, veículo este adquirido por meio de financiamento, a ser pago em 48x (parcelas), com o próprio trabalho e suor do requerente, que ostenta a profissão de advogado há mais de 10 anos.

Na decisão, a juiz afirmou que “não há como demonstrar a proveniência lícita do bem, uma vez que o requerente se encontra como acusado nos autos principais, exercendo funções na organização criminosa”.

“In casu, embora, ao que tudo indica, não exista dúvida quanto a propriedade do veículo apreendido, o conjunto probatório por ora disponível nos autos aponta a possibilidade de o bem apreendido ser produto do crime ou proveito auferido pela agente com a prática dos fatos criminosos, a revelar ser impositiva a manutenção da decisão que indeferiu o pedido de restituição, por ainda interessar à instrução processual e estar sujeito, em caso de eventual sentença condenatória, ao perdimento”, escreveu.

A operação

Deflagrada no dia 2 de abril, a Apito Final cumpriu 54 ordens judiciais que resultaram na prisão de 20 alvos. A investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apurou, no período de dois anos, que a organização movimentou R$ 65 milhões em bens móveis e imóveis adquiridos para lavar o dinheiro da facção.

Além dos imóveis e veículos de luxo, as transações incluíram a criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.

Análises financeiras realizadas pela Polícia Civil apontaram que os investigados, mesmo sem comprovação de renda lícita, adquiriram veículos como BMW X5, Volvo CX 60, Toyota Hilux, Amarok, Jeep Commander, uma Mitsubishi Eclipse e uma Pajero, além de diversos modelos Toyota Corolla.

Fonte: odocumento

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