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Jovem dá à luz gêmeos no Pantanal em emocionante trama digna de filme

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Quando assistimos à cena de uma mulher parindo sozinha vem o questionamento: será que não estão abusando da licença poética? Pois te digo que não! O Primeira Página te conta agora uma história surreal, protagonizada pela cozinheira Flávia de Oliveira, que há poucos dias pariu sozinha os pequenos Flávio e Fagner.

Quando digo sozinha, é no sentido literal da frase. Eram as primeiras horas de 2025 quando Flávia começou a sentir cólica. Na reta final da gestação, ela sabia que o momento de dar à luz estava próximo, mas não tanto.

Conseguiu dormir um pouco, porém, antes de o dia 1° de janeiro clarear, a bolsa amniótica rompeu. Moradora de uma área de difícil acesso, zona rural de Coxim, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, não teve pré-natal adequado, aliás, o acompanhamento médico foi nulo.

Tudo que a jovem sabia era que estava grávida após fazer um teste de farmácia. Nas contas feitas de cabeça, pensou que não seria o momento, de fato não era. A gestação estava na 36ª semana, quando a idade gestacional necessária para que o bebê não seja prematuro é 37 semanas.

Pois bem! A soma dos fatores a levou a pensar que não estava em trabalho de parto. Por isso, quando o marido Claudinei, sugeriu ficar em casa ao invés de ir trabalhar, Flávia negou. “Achei que era brincadeirinha, que era sonho”, diz ao contar sobre o rompimento da bolsa.

O que não sabia era que 2025 não estava para brincadeira. O marido partiu rumo ao serviço e ela ficou junto à filha Radassa, de apenas um ano e quatro meses. As dores se intensificaram e às 11h daquela primeira manhã do ano, a cozinheira decidiu tomar um banho para tentar algum alívio.

Mal sabia ela que parto e banho andam juntos! A água levava um pouco do incômodo, enquanto Fagner ensaiava sua estreia neste plano. Com as contrações se intensificando, decidiu se deitar na cama ao lado da caçula, que, ainda dando os primeiros passos à vida, já presenciou a força que uma mulher tem quando a natureza chama.

Duas horas depois, já sem aguentar a dor, voltou ao banheiro. O corpo ritmado no instinto materno passou a fazer força, quase que involuntariamente.

Era hora.

“Nossa Senhora! Aí é que vieram aquelas contrações bem fortes. Liguei o chuveiro e fiquei lá. Deitei, assim, no chão, no banheiro, e veio aquela contração forte de novo. Fiz força e veio o meu pequeno, o Fagner”.

Se aqui a história tivesse um ponto final, seria emoção o suficiente. Só que realmente 2025 não havia chegado para brincar. Tinha mais surpresa pela frente. As contrações não cessaram. “Levantei e fiquei em pé. Vi na minha barriga uma bolinha, achei que era algum bicho, alguma coisa. Cutuquei, se mexeu”.

Foi então que aquela dor sentida minutos atrás se fez presente novamente. O cordão umbilical do mais novo sequer havia sido cortado. Num ímpeto, a jovem o cortou com uma faca, o amarrou com um elástico de prender cabelo e se preparou. A luz ainda não havia acabado de vir ao mundo.

Mais força anunciava a chegada de Flávio, uma surpresa dentro da surpresa. A saga da mãe leoa ainda tinha umas páginas a serem escritas. Para que a placenta saísse, precisou colocar o recém-nascido numa pia. O segundo cordão amarrou com um pedaço de lençol.

Pariu as duas placentas, algo completamente comum em partos normais, voltou ao chuveiro, se banhou e esperou o marido chegar. Após ter o pneu do carro furado, o mais novo pai de três chegou antes do começo da noite.

Neste meio tempo, Flávia conseguiu contato com uma vizinha que, por sua vez, se debruçou na missão de chamar o Corpo de Bombeiros. Quando o dia estava nos últimos minutos, novamente como em uma trama da dramaturgia, outra cena de tirar o fôlego, que você acompanha no vídeo abaixo.

Gravação mostra chegada a Campo Grande (Vídeo: Arquivo Pessoal)

Agentes da FAB (Força Aérea Brasileira) resgataram a família e os trouxeram de helicóptero para o Hospital Regional, referência em neonatologia, em Campo Grande. Toda operação acabou por volta das 3 horas da madrugada do dia 2 de janeiro. Mãe e bebês chegaram bem, saudáveis e tiveram atendimento imediato.

Ficaram internados por alguns dias e receberam alta. Já estão em casa, embaixo do teto que os viu chegar ao mundo e foi cenário desta história que, de tão grandiosa, caberia facilmente nas telonas.

Fonte: primeirapagina

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