A Deccor (Delegacia Especializada de combate à Corrupção) abriu 20 novos inquéritos policiais, a partir de desdobramentos da operação Espelho, que investiga fraudes envolvendo a SES (Secretaria de Estado de Saúde). O pedido foi protocolado nessa terça-feira (30).
O inquérito inicial já foi concluído, e a partir da operação a Polícia Civil já tinha aberto outros sete inquéritos, agora já são 28 ao todo, e segundo a delegacia esse número pode aumentar.
A operação
No início, ainda em 2023, a Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção) apurou denúncia contra uma empresa contratada, sem licitação, para realizar atendimento médico na área de infectologia e clínica geral no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, que tornou referência na época, para tratamento de pacientes com covid.
como desdobramento das investigações, a Polícia Civil apurou que a empresa contratada integrava um cartel de empresas dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente de UTIs em todo o estado.
Conforme a investigação policial os líderes eram médicos e donos de empresas do ramo da medicina. Além do ex-secretário de saúde do município de Paranaíta.
O esquema de fraude à licitação eliminava qualquer concorrência assegurando apenas às empresas interligadas à organização criminosa que sagrassem vencedoras dos certames de dispensa de licitação, garantindo, assim, o preço maior dos contratos Secretaria Estadual de Saúde.
Ao todo, conforme levantamento da CGE (controladoria Geral do Estado), houve o pagamento indenizatório pelo Governo Estadual no montante de R$ 90.837.631,24, sem prévia realização de licitação ou outro procedimento de contratação direta, assim como sem cobertura contratual em favor das empresas envolvidas no esquema.
Recursos
Ao longo das investigações, o MPMT (ministério Público de Mato Grosso) vem reiterando as denúncias contra os médicos e profissionais de saúde investigados, além de reforçar o pedido de prisão contra eles.
O MPMT também tem solicitado que a Justiça de MT acolha denúncia contra a secretária ajunte de Saúde, Carolina Campos Dobes Conturbia Neves.
A secretária está licenciada do cargo e, segundo a SES, as investigações estão sendo acompanhadas.
Fonte: primeirapagina