Conteúdo/ODOC – Investigações conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) revelaram que Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como W.T., teria se utilizado de advogados para facilitar um esquema de lavagem de dinheiro, supostamente liderado por ele.
Atualmente detido em uma unidade de segurança máxima em Maceió (AL), W.T. foi capturado enquanto assistia a um torneio de futebol amador na cidade. De acordo com informações contidas na decisão que autorizou a Operação Apito Final, W.T. teria se beneficiado da atuação de advogados para ocultar o patrimônio da organização criminosa, valendo-se das prerrogativas conferidas pelo Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Os investigadores identificaram que um dos profissionais envolvidos era a advogada Fabiana Félix de Arruda Souza. Ela foi reconhecida pelos policiais após a prisão de W.T., quando ele dirigia um veículo Mitsubishi Pajero Sport registrado em nome de Fabiana.
Durante as investigações, constatou-se que o mesmo veículo foi encontrado na mesma propriedade onde W.T. estava escondido enquanto era foragido da Justiça.
No mesmo período, Fabiana teria movimentado consideráveis quantias em sua conta bancária, tanto em créditos quanto em débitos, além de ter sido apontada como intermediária na compra de outro veículo por W.T., um Toyota Corolla. Fabiana também foi alvo da Operação Apito Final, sendo presa na cidade de São José dos Quatro Marcos (330 km de Cuiabá).
Outro advogado envolvido, Jonas Cândido, pré-candidato a vereador, também foi detido. Cândido foi localizado em Maceió, onde viajou para prestar assistência jurídica a seu cliente, Paulo Witer.
Entenda
O time de futebol amador “Amigos W.T.”foi alvo de operação policial nesta semana. O delegado Rafael Scatolon, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), afirmou que a agremiação só existe para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas. O governador Mauro Mendes (União) defende a exclusão da equipe do Peladão.
O time é de propriedade de Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como W.T., preso em Maceió – Alagoas – durante um torneio. De acordo com a Polícia Civil, ele é tesoureiro da facção criminosa Comando Vermelho e líder de um esquema de lavagem de capitais, que teria movimentado cerca de R$ 65 milhões.
“Ele (W.T.) possui dois times de futebol: um time A e um time B, que disputam torneios e campeonatos amadores em Cuiabá, Várzea Grande e até fora do Estado. O Amigos W.T. é um time destinado única e exclusivamente para fins de lavagem de dinheiro”, disse Scatolon.
Além da ordem judicial de prisão de Paulo Witer, foram cumpridas outras 24 ordens de prisão, 29 de buscas e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos alvos investigados.
Fonte: odocumento