Para a auxiliar administrativa Leila Dayane, 36 anos, moradora de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, o diagnóstico de HIV positivo aconteceu em 2020 durante uma bateria de exames da gestação. Nesse momento, após vivenciar um misto de emoções, resolveu se informar para informar outras pessoas no Instagram.
Segundo o Ministério da Saúde, o HIV é um vírus transmitido por meio de relações sexuais sem proteção, com uma pessoa infectada, também pelo contato com objetos contaminados como alicates de unha e seringas, e de mãe para filho durante a gravidez.
No caso de Leila, a medicação e as informações que adquiriu, serviram para que ela tivesse o seu bebê HIV negativo e seguisse com uma vida normal, sem restrições.
“Nos anos 1980, ter HIV positivo era sinônimo de morte, e eu percebi por meio da leitura, das informações disponíveis, que as coisas mudaram. Divulgar o meu exame positivo serviu para que outras pessoas com o mesmo diagnóstico se inspirassem e buscassem ajuda de verdade,” ressalta Leila.
Atualmente ela trabalha em um hospital e vivencia na rotina o momento de surpresa, raiva e medo que o recém-diagnosticado passa. Para Leila, o preconceito é o principal desafio nesse momento.
“Muitos não querem saber da medicação, rejeitam o tratamento por estarem com medo do preconceito que podem sofrer. Alguns chegam em estado crítico da doença no hospital por não aceitarem conviver com um vírus que pode ser indetectável.”
O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes com HIV/Aids. No mundo todo, o ultimo mês do ano é conhecido como Dezembro Vermelho devido à campanha de conscientização sobre as formas de contágio e tratamento do HIV.
O Governo de Mato Grosso lança nesta terça-feira (5) uma unidade SAE (Serviço de Atendimento Especializado) em Cuiabá, que oferecerá o atendimento especializado integral, em caráter ambulatorial, aos usuários diagnosticados com HIV/AIDS, Hepatites Virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Fonte: primeirapagina